Recentemente durante um passeio pelo Centro de Roma, dei de cara com a sede da comissão Unesco na Itália.
Vivemos numa cidade com tanta história, que o dia-a-dia corrido, muitas vezes faz com que não demos o devido valor ao fato de estarmos cercados por milênios de história, tradição, cultura, arte, religião.
A Itália é o país com o maior números de sítios da Unesco no mundo, e seis deles encontram-se na região Lazio, que é a região central da Itália onde encontra-se a capital: Roma.
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Sítios Unesco, patrimônios da humanidade em Roma e nos arredores dentro da região Lazio:
1. O Centro Histórico de Roma (ano de eleição: 1980).

Isso significa que tudo aquilo que você contempla e até o chão das antigas ruínas romanas por onde caminha, são patrimônios da Unesco.
Só para citar alguns dos mais monumentos e locais mais famosos: o Coliseu, a Fontana di Trevi, o Panteão, a Piazza del Popolo, a chiquérrima Via Condotti.
2. O Vaticano, incluindo a Basílica de São Pedro, Museus do Vaticano/Capela Sistina e Palácios do Vaticano (ano de eleição: 1980)

Esses sítios da Unesco são interessantes porque nem todos os palácios do Vaticano estão dentro do Vaticano, por exemplo: as Basílicas Patriarcais de Santa Maria Maggiore, de São Paulo Extramuros e a Catedral da Roma (Basílica de São João de Latrão) que ficam em bairros afastados do território apostólico.
3. A Basílica Patriarcal de São Paulo Extramuros (ano de eleição: 1980)
A Basílica Patriarcal de São Paulo Extramuros é facilmente reconhecível graças ao seu imponente ingresso formado por cem colunas.
A igreja atual é uma reconstrução daquela incendiada em 1823, mas algumas partes, como o seu claustro, de 1241, fazem parte a construção original. Todos os anos, milhares de fiéis visitam a igreja e emocionam-se diante da confessio, o local situado debaixo do altar, onde acredita-se que São Paulo foi enterrado.
São Paulo é santo padroeiro de Roma junto com São Pedro e ambos são celebrados no dia 29 de junho.
4. As necrópoles etruscas de Cerveteri e Tarquinia (ano de eleição: 2004)

Os etruscos eram um aglomerado de povos que viveu principalmente entre o sul da Toscana e o norte do Lazio, além de uma parte do território peninsular italiano que hoje encontra-se no território da Umbria. Não se sabe ao certo a origem dos etruscos.
Há uma corrente histórica que afirma que eles vinham da Ásia, enquanto outra corrente histórica acredita que eram povos que já viviam na península itálica.
Os últimos três reis romanos eram de origem etrusca: Tarquinio Prisco, Servio Tullio e Tarquinio il Superbo. Eles reinaram de 616 a 509 a.C. Terminado o período monárquico, Roma passou a ser uma Res Pubblica, ou seja, uma República.
++ Descobrir a Necrópole Etrusca e o Museu de Cerveteri
5. Villa Adriana, em Tivoli (ano de eleição: 1999)

A Villa Adriana era a residência de veraneio do Imperador Adriano (76-138 d.C.) e situa-se a aproximadamente 30 km da cidade de Roma.
Ela era composta por vários edifícios (termas, teatro, prédios administrativos, residências, biblioteca, etc.), lagos e fontes, tudo emoldurado por muito verde.
Quando o Imperador decidiu construir a Villa Adriana, sua intenção era que cada construção recordasse algum grande monumento ou localidade que mais tinham lhe impressionado durante suas viagens para conhecer as províncias conquistadas pelo Império Romano.
Um dos ambientes mais famosos da Villa é o Canopo, uma piscina que recorda um dos afluentes do rio Nilo com seu estuário, que alcançava a cidade egípcia de Canopo. A cidade era famosa pelo tempo dedicado ao deus Serapis.
Adriano construiu essa piscina em memória do jovem Antinoo, sua grande paixão e que morreu afogado no rio Nilo.
6. A Villa d’Este (ano de eleição: 2001)

A Villa d’Este foi construída pelo cardeal Hipólito d’Este, filho do duque Alfonso I e de Lucrécia Borja, em um local onde na verdade já existia uma antiga residência romana.
No ano passado a Villa d’Este foi o décimo segundo monumento mais visitado da Itália, por um total de 399.577 visitantes (dados da Wikipedia). Hipólito d’Este faleceu dois meses depois que a Villa ficou pronta (1572), e desde então ela mudou de mãos, tendo pertencido à casa de real dos Absburgo, até que em 1918 foi comprada pelo Estado Italiano.
Após o final da segunda guerra mundial, a Villa passou por alguns restauros devido a danos causados por bombardeios nas áreas limítrofes.
++ Villa d’Este em Tivoli: ótimo bate e volta a partir de Roma
Duas obras de importante relevância são a Fonte del Bicchierone e a Cascata da Fonte dell’Organo, de Gian Lorenzo Bernini, em 1611. Na verdade a Cascata da Fonte dell’Organo já existia, mas foi apenas remodelada.

E o que dizer das Cento Fontane (Cem Fontes) ou dos afrescos dos aposentos nobres? O compositor Franz Liszt foi hóspede da Villa e ficou tão apaixonado pelo local, que à ela dedicou algumas das suas composições de Années de Pèlerinage (Troisième année: Aux cyprès de la Villa d’Este, Thrénodie I – Aux cyprès de la Villa d’Este, Thrénodie II – Les jeux d’eaux à la Villa d’Este).
Aguardando aprovação da Unesco desde 2006:
Região do Vale do Aniene e Villa Gregoriana de Tivoli
O Aniene é um dos principais afluentes do Rio Tibre. Na região chamada Vale do Aniene, existe uma uma enorme variedade de flora natural, mas também algumas pequenas cidades com vilas romanas (a vila do Imperador Nero na cidade de Subiaco), mosteiros e um grande recurso hídrico.
Era dessa região que vinha a água que alimentava o aqueduto Acqua Marcia, o terceiro aqueduto de Roma, construído em 144 a.C. A Fontana delle Naiadi (no centro da Piazza Repubblica) é alimentada por esse aqueduto.

A Villa Gregoriana é uma área de importância natural, com um vale entre a margem direita do rio Aniene e da acrópole romana.
A vila possui jardins românticos e uma cascata. Hoje em dia, uma parte da antiga acrópole romana encontra-se dentro dos jardins de restaurante ótimo e famoso chamado La Sibilla. Sim, no jardim do restaurante tem um antigo templo romano!
Tive a chance de ir a um casamento lá, e a atmosfera é surreal. O lugar é lindo!
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