Os Museus Capitolinos são os museus públicos mais antigos do mundo, e se encontram na Piazza del Campidoglio, uma das famosas sete colinas da Roma Antiga, e bem de frente para a réplica da estátua equestre do imperador Marco Aurélio.
Hoje todos nós estamos acostumados a ir a museus, sem pensar se são públicos ou privados, gratuitos ou pagos. O acesso que todos nós temos à arte é livre. Quem quer pode usufruir dela.
Mas nem sempre foi assim. Reis, nobres, aristocratas e depois ricos burgueses. Quem tinha dinheiro e poder tinha acesso à arte. Então muitos “ricaços” da antiguidade possuíam o seu “museu particular”, com peças de arte que decoravam seus ricos palácios, e até mesmo pequenos espaços que eram fonte de orgulho quando convidavam outros ilustres visitantes em suas residências.
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Na Itália e, sobretudo em Roma, ainda temos um fator mais interessante para a produção de arte pública e privada: com o poder dos papas e da igreja católica, todos os grandes artistas de cada época, pelo menos aqueles italianos, contribuíram para as coleções de arte das famílias mais ricas e poderosas.
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Se vocês já foram à Galleria Nazionale d’Arte Antica, à Galleria Borghese ou à Galleria Doria Pamphili, só para citar alguns exemplos, puderam ver a riqueza das decorações de paredes e tetos com afrescos feitos pelos artistas mais famosos da época.
Mas, voltando a Roma… a arte religiosa foi aquela que em primeiro lugar permitiu que o público gozasse do privilégio da beleza das pinturas e esculturas. E todos sabemos que as igrejas romanas estão cheias de tesouros.
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Como nasceram os Museus Capitolinos?
Em 1471, Papa Sisto IV doou uma série de objetos de bronze à população de Roma. Entre elas a famosíssima estátua da loba capitolina, a loba da mitologia da fundação de Roma, que amamentou os gêmeos Rômulo e Remo.
A maioria desses objetos tinha sido encontrada durante as escavações das infinitas áreas arqueológicas da cidade. Todos os ricos e poderosos queriam ter objetos antigos nas suas coleções de arte.
Papa Sisto IV pertencia a uma família poderosíssima, os Della Rovere e é graças a ele que a Capela Sistina foi chamada como é: Sistina vem de Sisto.
Apesar da doação ter sido feita em 1471, quando as peças estavam dentro do Palazzo dei Conservatori e na própria Praça do Capitólio, somente em 1734, quando já havia uma enorme quantidade de coleções de arte doadas por outros mecenas, ou de objetos encontrados nas escavações romanas, é que efetivamente o prédio foi aberto ao público, com esse conceito de museu que a gente tem hoje em dia.
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O acervo do museu e seu terraço panorâmico com bar
O acervo dos Museus Capitolinos é um dos mais ricos do mundo! Ele está espalhado pelos três prédios da Praça do Campidoglio (Palazzo dei Conservatori à direita, Palazzo Nuovo ao centro e Palazzo Senatorio à esquerda) e a quantidade de peças nos depósitos era tão grande, que acabaram abrindo uma filial super eclética, dentro de uma antiga central elétrica: o Museu Centrale Montemartini, no bairro Ostiense. Vale super a pena ir até lá.
Se seu tempo não permitir a visita aos três prédios, concentre a sua visita ao Palazzo dei Conservatori (o prédio à direita).
Nas dezessete salas do andar nobre e na pinacoteca do segundo andar, você vai ficar simplesmente extasiado com o acervo do museu. Dos museus romanos, os Museus Capitolinos são aqueles que possuem a mais importante e ampla coleção de objetos e arte da antiguidade.
Ali, por exemplo, na sala da loba capitolina, encontram-se os mosaicos do chão de uma vila romana que ficava onde hoje temos a movimentadíssima via Nazionale. Inteiras paredes cobertas de afrescos, inteiros mosaicos, estátuas magníficas.
Dentro do museu também há a estátua equestre original de Marco Aurélio, do II séc d.C. Acho tão emocionante encontrar-se na frente de uma estátua que possui nada mais, nada menos que 1840 anos.
E ao final da visita, poderá se dirigir até o terraço panorâmico, a Terrazza Caffarelli. Ali há um bar-cafeteria, com serviço faça você mesmo na cafeteria, portanto, sem cobrança de couvert, e serviço com couvert e mais caro nas mesinhas do lado externo, no terraço propriamente dito.
Mesmo que você não consuma nada, usufrua da vista panorâmica maravilhosa que se tem lá de cima. Se o dia for ensolarado, melhor ainda!
Nota: A cafeteria e o terraço também possuem acesso externo, portanto não é necessário visitar os museus para chegar até lá.
Museus Capitolinos
Piazza del Campidoglio 1
Site: http://en.museicapitolini.org/
Preço: 14 euros. Para os residentes em Roma custa 12 euros, mas é necessário mostrar um documento comprovando residência em Roma.
Horário: Todos os dias das 9:30 às 19:30, fechado nos dias 1 de janeiro, 1 de maio e 25 de Dezembro. Nos dias 24 e 31/12 fecha às 14h.
A bilheteria fecha uma hora antes do horário de encerramento.
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Respostas de 2
Olá, Luciana!
Quero agradecer esta descrição tão rica do Museu Capitolino. Em setembro farei um cruzeiro, tendo um dia para Roma. Estive na cidade em 1995, mas não visitei o museu. Hoje, 22 anos depois, retornarei a cidade e não posso perder esta visita. Faço sempre pesquisas detalhadas dos meus destino, mas como estou sem tempo, devido ao trabalho, seu post foi uma mão na roda. Li tudo e anexei ao meu roteiro, para reler no local.
Vou dar outras pesquisadas no seu blog, pois vejo que tem muitas atrações bacanas na Itália.
Obrigada e sucesso compartilhando tantas novidades com a gente.
Beijão,
Adriana
Olá Luciana, o valor de 14 euros é para todos os museus Capitolinos? Para visitar somente o Palazzo Dei Conservatori paga-se o mesmo valor? Obrigado. Abs