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Museus Capitolinos: o primeiro museu público do mundo

Os Museus Capitolinos são os museus públicos mais antigos do mundo, e se encontram na Piazza del Campidoglio, uma das famosas sete colinas da Roma Antiga, e bem de frente para a réplica da estátua equestre do imperador Marco Aurélio.

Hoje todos nós estamos acostumados a ir a museus, sem pensar se são públicos ou privados, gratuitos ou pagos. O acesso que todos nós temos à arte é livre. Quem quer pode usufruir dela.

Mas nem sempre foi assim. Reis, nobres, aristocratas e depois ricos burgueses. Quem tinha dinheiro e poder tinha acesso à arte. Então muitos “ricaços” da antiguidade possuíam o seu “museu particular”, com peças de arte que decoravam seus ricos palácios, e até mesmo pequenos espaços que eram fonte de orgulho quando convidavam outros ilustres visitantes em suas residências.

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Assim que você sobre a Cordonata (a escada desenhada por Michelangelo) e chega à imponente praça, é acolhido pela réplica da estátua de equestre de bronze do imperador Marco Aurélio. A original está dentro do museu.

Na Itália e, sobretudo em Roma, ainda temos um fator mais interessante para a produção de arte pública e privada: com o poder dos papas e da igreja católica, todos os grandes artistas de cada época, pelo menos aqueles italianos, contribuíram para as coleções de arte das famílias mais ricas e poderosas.

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Olhem esse teto!

Se vocês já foram à Galleria Nazionale d’Arte Antica, à Galleria Borghese ou à Galleria Doria Pamphili, só para citar alguns exemplos, puderam ver a riqueza das decorações de paredes e tetos com afrescos feitos pelos artistas mais famosos da época.

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Assim que entramos no pátio do museu, damos de cara com pedaços da estátua colossal do imperador Constantino. Ela é considerada uma das obras mais importantes da escultura romana tardo-antiga e foi esculpida entre 313 e 324 d.C.

Mas, voltando a Roma… a arte religiosa foi aquela que em primeiro lugar permitiu que o público gozasse do privilégio da beleza das pinturas e esculturas. E todos sabemos que as igrejas romanas estão cheias de tesouros.

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Como nasceram os Museus Capitolinos?

Em 1471, Papa Sisto IV doou uma série de objetos de bronze à população de Roma. Entre elas a famosíssima estátua da loba capitolina, a loba da mitologia da fundação de Roma, que amamentou os gêmeos Rômulo e Remo.

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Ercole del Foro Boario, também conhecido como Ercole Capitolino. Existe outra estátua semelhante, mas com o Hércules portanto uma veste no braço esquerdo. Ela está nos Museus Vaticanos.

A maioria desses objetos tinha sido encontrada durante as escavações das infinitas áreas arqueológicas da cidade. Todos os ricos e poderosos queriam ter objetos antigos nas suas coleções de arte.

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Papa Sisto IV pertencia a uma família poderosíssima, os Della Rovere e é graças a ele que a Capela Sistina foi chamada como é: Sistina vem de Sisto.

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Apesar da doação ter sido feita em 1471, quando as peças estavam dentro do Palazzo dei Conservatori e na própria Praça do Capitólio, somente em 1734, quando já havia uma enorme quantidade de coleções de arte doadas por outros mecenas, ou de objetos encontrados nas escavações romanas, é que efetivamente o prédio foi aberto ao público, com esse conceito de museu que a gente tem hoje em dia.

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O acervo do museu e seu terraço panorâmico com bar

O acervo dos Museus Capitolinos é um dos mais ricos do mundo! Ele está espalhado pelos três prédios da Praça do Campidoglio (Palazzo dei Conservatori à direita, Palazzo Nuovo ao centro e Palazzo Senatorio à esquerda) e a quantidade de peças nos depósitos era tão grande, que acabaram abrindo uma filial super eclética, dentro de uma antiga central elétrica: o Museu Centrale Montemartini, no bairro Ostiense. Vale super a pena ir até lá.

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Cabeça de medusa de Gian Lorenzo Bernini.

Se seu tempo não permitir a visita aos três prédios, concentre a sua visita ao Palazzo dei Conservatori (o prédio à direita).

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No chão mosaicos antigos originais de uma vila que ficava na Via Nazionale. Foram retirados e colocados aqui. Vocês devem ver a lindeza das cores do pavimento. Aqui na foto não dá para perceber a nitidez das cores.

Nas dezessete salas do andar nobre e na pinacoteca do segundo andar, você vai ficar simplesmente extasiado com o acervo do museu. Dos museus romanos, os Museus Capitolinos são aqueles que possuem a mais importante e ampla coleção de objetos e arte da antiguidade.

Ali, por exemplo, na sala da loba capitolina, encontram-se os mosaicos do chão de uma vila romana que ficava onde hoje temos a movimentadíssima via Nazionale. Inteiras paredes cobertas de afrescos, inteiros mosaicos, estátuas magníficas.

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Dentro do museu também há a estátua equestre original de Marco Aurélio, do II séc d.C. Acho tão emocionante encontrar-se na frente de uma estátua que possui nada mais, nada menos que 1840 anos.

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E ao final da visita, poderá se dirigir até o terraço panorâmico, a Terrazza Caffarelli. Ali há um bar-cafeteria, com serviço faça você mesmo na cafeteria, portanto, sem cobrança de couvert, e serviço com couvert e mais caro nas mesinhas do lado externo, no terraço propriamente dito.

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Não é todo dia que a gente pode ficar de frente para um Caravaggio.

Mesmo que você não consuma nada, usufrua da vista panorâmica maravilhosa que se tem lá de cima. Se o dia for ensolarado, melhor ainda!

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Esta foto dos Museus Capitolinos de Roma não tem filtro! E essa é a vista que temos da cafeteria na Terrazza Caffarelli.

Nota: A cafeteria e o terraço também possuem acesso externo, portanto não é necessário visitar os museus para chegar até lá.

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Museus Capitolinos

Piazza del Campidoglio 1

Site: http://en.museicapitolini.org/

Preço: 14 euros. Para os residentes em Roma custa 12 euros, mas é necessário mostrar um documento comprovando residência em Roma.

Horário: Todos os dias das 9:30 às 19:30, fechado nos dias 1 de janeiro, 1 de maio e 25 de Dezembro. Nos dias 24 e 31/12 fecha às 14h.

A bilheteria fecha uma hora antes do horário de encerramento.

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Respostas de 2

  1. Olá, Luciana!
    Quero agradecer esta descrição tão rica do Museu Capitolino. Em setembro farei um cruzeiro, tendo um dia para Roma. Estive na cidade em 1995, mas não visitei o museu. Hoje, 22 anos depois, retornarei a cidade e não posso perder esta visita. Faço sempre pesquisas detalhadas dos meus destino, mas como estou sem tempo, devido ao trabalho, seu post foi uma mão na roda. Li tudo e anexei ao meu roteiro, para reler no local.
    Vou dar outras pesquisadas no seu blog, pois vejo que tem muitas atrações bacanas na Itália.
    Obrigada e sucesso compartilhando tantas novidades com a gente.
    Beijão,
    Adriana

  2. Olá Luciana, o valor de 14 euros é para todos os museus Capitolinos? Para visitar somente o Palazzo Dei Conservatori paga-se o mesmo valor? Obrigado. Abs

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