Se pudéssemos olhar para trás, em ordem decrescente, poderíamos afirmar que os dois grandes períodos que resultaram em enormes e radicais transformações arquitetônicas em Roma foram o séc. 20, durante o ventênio fascista de Mussolini, e antes dele, o séc. 19 após a unificação da Itália (1861) e a influência dos piemonteses em Roma.
Grande parte das mudanças radicais que ocorreu a partir de 1870 foi retratada pelas belíssimas aquarelas de Ettore Roesler Franz.
Elas fazem parte de mostra permanente no Museu de Roma, no badalado e boêmio bairro Trastevere, um dos bairros preferidos para dormir em Roma.
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Também há algumas obras em outra sede do Museu de Roma, no Palazzo Braschi (na Praça Navona, praticamente ao lado da Embaixada do Brasil).
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A precursora das mudanças: a grande enchente de 1870
Se você já esteve em Roma e caminhou pelas margens do Rio Tibre, percebeu que o nível do Rio está muito abaixo do nível da cidade. E também que ele é contido por grandes muralhas.
Mas foram necessárias mais de 2000 anos de inundações, para que se chegasse a uma solução definitiva.


E ainda nos dias de hoje, principalmente nas fachadas das igrejas de Roma e de muitos prédios espalhados pela cidade, existem placas de mármore com a marca do nível da água e o ano das inúmeras enchentes que ao longo dos séculos devastaram a cidade.

Após a proclamação do Reino da Itália, e com a unificação do país, foram realizadas muitas obras públicas em Roma. Nessa época a capital da Itália era Florença, que foi desbancada por Roma.
Foi necessário “modernizar” a antiga capital do império romano, com a abertura de avenidas, remodelação da Estação Central Termini e também, erradicar de vez as catastóficas enchentes do Rio Tibre.

Ettore Roesler Franz e a Roma Desaparecida
Pouco antes que cidade mudasse definitivamente de cara, Ettore Roesler Franz, pintou 120 aquarelas ilustrando a mudança de Roma.
Esse conjunto de pinturas ganhou o nome de Roma Sparita (Roma Desaparecida) e é um dos maiores tesouros para quem quer conhecer a cidade, na passagem entre idade moderna e contemporânea.


Considerado um dos melhores pintores do século 19, Ettore foi fundador da Sociedade dos Aquarelistas de Roma, e o primeiro a dedicar-se intensamente a retratar o Gueto Hebraico de Roma.
Tanto que, se vocês tiverem o prazer de comer bem em Roma, no ótimo restaurante de culinária judaico-romana Nonna Betta, verão que as paredes são decoradas com reproduções das pinturas de Ettore Roesler Franz.
Atualmente existem somente 119 aquarelas da Roma Sparita, porque uma delas foi furtada durante uma amostra de arte em Colônia, na Alemanha. Na mostra permanente do Museu de Roma no Trastevere há cerca de 20 aquarelas expostas.

Há outras pinturas de sua autoria, retratando sempre Roma e arredores, espalhadas também por vários museus mundo afora como o Museum of Fine Arts (Boston), a Southampton City Art Gallery (UK) e o The Courtald Institut of Art (Londres).
Graças a este tesouro é possível ver também o fim de uma grande parte dos traços medievais da cidade, que ficavam às margens do Rio Tibre.
Um acervo simplesmente inestimável e nostálgico.
Onde?
Museo de Roma no Trastevere
Piazza di Sant’Egidio 1B
Site: http://www.museodiromaintrastevere.it/
Dias e Horários: de terça a domingo, das 10 às 20h
Preço: € 9,50
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