O Pantheon de Roma é considerado a obra arquitetônica mais bem conservada da Roma Antiga, e é uma das principais atrações da capital italiana. Portanto, não pode ficar de fora do seu roteiro em Roma!
Visitar Roma é fazer uma viagem fantástica de volta ao passado – mais precisamente à Roma Antiga.
O destino abriga diversas construções milenares referentes ao período, muitas das quais reinam soberanas na lista das obras mais emblemáticas do mundo. Entre elas, o Pantheon.
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Erguido há quase 2 mil anos, o monumento localizado na Piazza della Rotonda, centro de Roma, simboliza a antiguidade e marca do poderoso Império Romano.
A fama da obra se deu, sobretudo, graças a sua cúpula construída sem nenhum tipo de sustentação, cujas proporções são gigantescas – 43 metros de diâmetro e 43 de altura –, ou seja, uma esfera perfeita.
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O Pantheon de Roma
Pantheon significa “todos os deuses”, em grego. Também conhecido como Pantheon de Agripa, nada mais é do que o monumento romano mais bem preservado tanto em estrutura quanto em revestimentos e ornamentos.
A construção foi inaugurada por volta de 27 a.C. e patrocinada pelo então cônsul Marco Vipsânio Agripa, durante o reinado do Imperador Augusto, e depois foi reconstruída pelo imperador Adriano por volta do ano de 126 d.C.
O templo foi erguido com a finalidade de servir como local dedicado ao culto de todos os deuses.
Após a queda do Império Romano, para combater fervorosamente qualquer resquício de paganismo e panteísmo, em 609 d.C, o local foi transformado na Basílica de Santa Maria dos Mártires.
O Pantheon tem servido de inspiração a outras construções onde mortos ilustres são honrados ou enterrados.
Dentro do edifício estão sepultados grandes personagens da história italiana, como rei Vittorio Emanuele II de Saboia, a rainha Margherita da Saboia, além do gênio do Renascimento, Rafael.
A cúpula do Pantheon
O que torna o Pantheon famoso mundialmente é, sem dúvidas, sua cúpula de grandes proporções – sua abertura ou óculo, como é chamada, possui 9 metros de diâmetro.
Isso porque, a obra não é sustentada por nenhum tipo de coluna ou pilar, dando um verdadeiro nó na cabeça de estudantes de arquitetura e engenharia do mundo todo que passam por ali tentando buscar explicações para tal feito.
A obra é de concreto moldado com uma espécie de caixotão construído sobre um cimbramento provisório.
Os materiais utilizados no concreto da cúpula são variados, sendo os da base mais sólidos e pesados, e os do óculo, feito com um concreto mais leve usando pedra-pomes.
O óculo, por sua vez, é a principal fonte de luz natural do atrativo, o que dá margem para que a chuva também entre na construção. No total, no chão há vinte e dois pequenos ralos usados para escoar a água.
Em relação ao peso dessa verdadeira beldade, funciona da seguinte maneira: o peso da cúpula se concentra em um anel de compressão, que forma o óculo, redistribuindo o peso para as estruturas inferiores – oito abóbadas e oito pilares.
Já os caixotões, além de produzirem um ótimo efeito estético, principalmente após os revestimentos de pintura), também retiram o peso da cúpula, pois reduziram a quantidade de concreto a ser utilizada na construção, deixando essa estrutura bem mais leve.
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Chuva de Pétalas para festejar Pentecostes
Considerado o evento atribuído ao catolicismo mais esperado pelos fiéis que visitam o Pantheon, a Chuva de Pétalas é uma tradição que perdura há séculos na Igreja. O momento ocorre no Dia de Pentecostes, 50 dias após à Páscoa.
O Pentecostes celebra a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo, durante a celebração judaica do quinquagésimo dia em Jerusalém.
Esta data também é considerada o dia da criação da igreja. O termo é de origem grega e significa “cinquenta dias depois”. Juntamente com Natal e a Páscoa, está é a terceira data mais importante para o catolicismo.
O evento ocorre logo após a missa, quando milhares de pétalas de rosas vermelhas são despejadas pelo óculo do Pantheon pelos bombeiros e forrram todo o chão do local de vermelho.
Dica preciosa: chegue muito cedo!
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Grande inspiração francesa: o Pantheon de Paris
Engana-se quem acha que o Pantheon é uma exclusividade italiana. De fato, o monumento original está localizado em Roma, porém, foi replicado em outras localidades, como no caso da França.
Localizado em Paris, capital francesa, o Pantheon francês é uma verdadeira obra-prima. Projetada por Jaques-Germain Soufflot – arquiteto precursor do estilo Neoclássico – a mando do rei Luís VX, a obra tinha como finalidade em um primeiro momento, ser uma igreja em homenagem a Sainte-Geneviève, padroeira da cidade.
Em 1744, Luís XV adoeceu gravemente e atribuiu sua recuperação a um milagre. Assim, ordenou a construção de um templo em homenagem à santa. A obra iniciou-se no mesmo ano, no entanto, foi finalizada apenas no ano de 1790. Atualmente, o belíssimo monumento é parte museu, parte mausoléu. Os arredores do Pantheon também são um ótimo lugar para quem deseja saber onde ficar em Paris.
Em suas paredes laterais, os visitantes conferem gigantescas telas e esculturas que combinam elementos religiosos e republicanos. No alto, encontra-se sua impressionante cúpula e no centro o célebre Pêndulo de Foucault – experiência científica feita no ano de 1851, que consiste em demostrar a rotação da Terra sobre seu próprio eixo.
No monumento estão sepultados grandes nomes das artes, ciência, política, entre outras áreas – em sua fachada vê-se a inscrição: “Aux grands hommes, la patrie reconnaissante” (“Aos grandes homens, a pátria é grata”), em alusão a essas pessoas.
Sendo assim, durante a visita por suas inúmeras galerias é possível ver os túmulos de personalidades como Louis Braille, criador do sistema de leitura para cegos, e do escritor Voltaire.
Obras-primas perto do Pantheon:
Bem perto do Pantheon, que é uma das atrações mais visitadas da cidade, existem várias igrejas que possuem um patrimônio artístico tão valioso, que valem tanto quanto uma visita a um grande museu.
Os Caravaggios na Igreja de Saint Louis des Français (São Luis dos Franceses)
A igreja de São Luis dos Franceses foi inaugurada em 1589, e fica entre o Pantheon de Roma e a Praça Navona.
Mas é na última capela à esquerda (Capela Contarelli), que podem ser observadas as obras-primas mais famosas da igreja de São Luis dos Franceses: três telas do pintor Caravaggio.
São elas: Martírio de São Mateus, São Mateus e o Anjo e A Vocação de São Mateus. As telas foram pintadas entre 1599-1600. Uma particularidade é que Caravaggio foi o primeiro a pintar o santo já na sua velhice, e como ele tinha uma vida de andarilho, Caravaggio o retrata com os pés sujos.
A igreja abre todos os dias, exceto às quintas-feiras, das 10 às 12:30 e das 15 às 19h. Visitem o site para qualquer eventual mudança de horários.
Basílica de Sant’Agostino (Santo Agostinho)
Na igreja de Santo Agostinho está uma das telas mais bonitas de Caravaggio: La Madonna dei Pellegrini (Nossa Senhora dos Peregrinos), também conhecido como La Madonna di Loreto. O quadro fez um imenso furor, porque Nossa Senhora está vestida como uma mulher do povo, uma plebeia.
Já os peregrinos são feios e maltratados, estão sujos, com roupas maltrapilhas e com os pés também muito sujos e inchados, como pés de verdadeiros peregrinos. O quadro é de 1606. Na igreja também se encontra um afresco de Rafael, chamado O profeta Isaias, pintado em 1511-1512.
Igreja de Santa Maria sopra Minerva
O nome da igreja é porque quando foi construída, acreditavam que estava em cima (em italiano: sopra) do antigo templo de Minerva.
A praça em frente à igreja já possui uma obra de arte de valor inestimável: o elefante esculpido por Gian Lorenzo Bernini (o que seria de Roma sem a genialidade de Bernini?), e em cima dele está posicionado o Obelisco da Minerva. Apesar do elefante ser de 1667, o obelisco pertencia a um antigo templo dedicado a Isis.
A construção em estilo neogótico (uma raridade em uma cidade onde super abundam igrejas em estilo barroco) é um verdadeiro “museu” e o meu conselho é concentrar-se em pelo menos uma obra de arte: a estátua do Cristo Redentor, de Michelangelo.
Mais coisas legais para fazer nos arredores do Pantheon:
- Comer muito sorvete, afinal várias sorveterias maravilhosas estão lá perto
- Dar um pulinho na Piazza Navona
- Ver a perspectiva tridimensional no teto da Igreja de Santo Inácio de Loyola
Endereço, Dias e Horários:
Endereço: Piazza della Rotonda.
Site Oficial: http://www.pantheonroma.com/it/
App em português do Brasil para sistema IOS: https://itunes.apple.com/us/app/panteao-roma-por/id1017263947?l=es&mt=8
De segunda a sexta das 9 às 19:30h
Sábados e Domingos, das 9 às 18h.
Feriados que caem em dias úteis: das 9 às 13h
Fechado: 01/01, 01/05 e 25/12.
Preço: 5 euros (Desde julho de 2023 o Pantheon não é mais gratuito. Para reservar pode-se acessar os seguintes sites: https://pantheon.cultura.gov.it ou https://www.museiitaliani.it/)
Importante: o Pantheon atualmente é uma igreja. É importante respeitar o dress code, portanto, não é possível entrar com chapéus, roupas curtas e nem com decotes ou ombros de fora.
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