A Ara Pacis também conhecida como o Altar da Paz de Augusto ou Pax Romana foi construída por ordem do imperador para celebrar as suas vitórias. O altar foi inaugurado em 9 a.C.
Augusto teve sucesso alcançando um feito ainda maior do que Júlio Cesar, que era seu tio-avô por parte de mãe: um período de paz, enorme prosperidade e de grandes conquistas para o Império Romano.
Graças ao sistema jurídico e político, Roma conseguiu pouco a pouco exterminar as guerras e pacificar muitas regiões do seu vasto império.
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Seu nome de nascimento era Gaio Otaviano. Quando foi adotado por seu tio-avô Júlio César, passou a chamar-se Gaio Júlio Cesar Otaviano.
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Posteriormente o Senado Romano lhe conferiu o título de Augusto. Assim como Júlio Cesar, Otaviano também foi divinizado. Portanto seu nome completo passou a ser Gaio Júlio Cesar Otaviano Augusto ou Imperador Caesar Divi Filius Augustus.
Seu império foi muito longevo: 44 anos, pois ele viveu até 77 anos, vindo a falecer em 19 de Agosto de 14 d.C, na cidade de Nola, próxima a Nápoles.
Um dos feitos mais curiosos de Augusto, foi dedicar a si mesmo o mês de Agosto. No ano 8 a.C. o Senado Romano decidiu então que o mês Sextilis passaria a chamar-se mês Augustus.
O oitavo mês era muito importante porque era o mês no qual ele tinha ascendido ao poder como cônsul e sempre foi seu mês de sorte, marcado por grandes vitórias.
Para não “ficar por baixo”, Augusto também decidiu que seu mês deveria ter 31 dias, assim como o mês de Julho, dedicado a Júlio Cesar. O dia a mais do mês de Agosto foi retirado do mês de fevereiro!
Por muitos séculos a Ara Pacis permaneceu soterrada. Os primeiros pedaços foram encontrados em 1568, e passaram a fazer parte da coleção dos Médicis, em Florença. Todos os ricos e potentes queriam ter restos romanos para decorar suas propriedades e suas vilas.
Somente em 1879, o arqueólogo alemão Friederich Von Duhr, especializado em arqueologia clássica, reconheceu que muitos fragmentos espalhados em coleções públicas e privadas ao redor do mundo pertenciam ao Altar da Paz.
Augusto, Mussolini e o Fascismo
A “grande sorte” da Ara Pacis e a excavação que trouxe o altar definitivamente à luz deu-se graças a um fato histórico deveras interessante: o ditador Mussolini, ao criar o terceiro império (copiado por Hitler no seu Terceiro Reich), considerava-se herdeiro histórico e militar direto do imperador Augusto.
Então Mussolini decidiu mandar construir uma urna de vidro e metal, para expor a Ara Pacis em 1938, por ocasião dos 2000 anos do nascimento de Augusto.
Essa “simbiose histórica” do Imperador “Mussolini-Augusto” fez com que, por muitos anos após a queda do fascismo, a figura de Augusto ficasse “manchada” na memória popular.
O que um regime ditatorial não é capaz de fazer, não é?
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A grande polêmica sobre a nova urna de Richard Meier
Hoje em dia a Ara Pacis encontra-se em uma moderníssima estrutura de vidro, projetada pelo arquiteto americano Richard Meier, em 2006.
Houve várias polêmicas porque muitos consideravam o projeto em vidro, moderno demais, destoando da antiguidade do monumento. Os políticos da vez até prometeram/ameaçaram desmontar a urna de vidro.
Mas aí surgiu outro problema: destrui-la para construir o quê? Onde colocar a Ara Pacis? O objetivo principal da urna é proteger o monumento, mantendo a sua temperatura constante, além, claro, de protegê-lo das intempéries.
Como (quase) tudo na Itália, as discussões, polêmicas e ameaças sobre o futuro da urna da Ara Pacis acabaram em… pizza!
Não deixe de conhecer esse espaço! O Museu da Ara Pacis, além do próprio altar, possui uma série de achados romanos, e anualmente hospeda pelo menos 2-3 grandes mostras de arte internacionais.
Museo dell’Ara Pacis
Endereço: Lungotevere in Augusta, 00186 Roma – Site: https://www.arapacis.it/
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