Sei que corro o risco de ser repetitiva, e por outro lado compreendo que o grande catalisador dos viajantes que vem a Roma é ver as suas antiguidades.
Mas há muito mais do que isso: arquitetura moderna, street art, bairros surpreendentes, uma periferia rica e museus que nos deixam boquiabertos porque quebram totalmente com o paradigma de quem vem à cidade para ver ruínas, arte antiga e arte clássica.
Vejam bem, todos sabemos que sem o antigo não teríamos o moderno, mas pelo menos para mim, é importante ver Caravaggio e Tiziano, mas também admiro um Pistoletto, um Guttuso ou obras ainda mais contemporâneas, frescas, que foram criadas praticamente “ontem”.
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E o lugar certo, e que consegue equilibrar a antiguidade e a modernidade, é justamente um dos museus mais famosos de Roma: a GNAM, Galleria Nazionale di Arte Moderna, que fica às margens da Villa Borghese (ó, vai aí uma dica para os “ratos de museu”: pode ser um passeio bem legal fazer uma dobradinha Galleria Borghese + GNAM).
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A GNAM também fica cercada de museus e centros/institutos culturais fantásticos. Nos centros culturais sempre há mostras, cinema em língua original e eventos ao longo do ano. Muitos deles totalmente gratuitos.
A GNAM possui a supremacia nacional como o museu com o maior número de peças de arte moderna e contemporânea: 4400 pinturas e 13000 desenhos e impressões.
Mas na verdade em suas 55 salas estão expostas somente 1100 obras. Todo o demais acervo fica nos depósitos do museu, que também é aberto ao público!
As visitas se dão às quintas-feiras, das 10.30 às 12h e devem ser reservadas através do e-mail: gnam.edu@gmail.com. Essa visita está incluída no ingresso do museu.
A maioria dos artistas ali expostos são de nacionalidade italiana e as obras são na sua maior parte dos séculos 19 e 20.
A GNAM foi inaugurada em 1883 e ficava na Via Nazionale, onde hoje temos o Palazzo delle Esposizioni, outro museu imperdível de Roma.
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Mas como o acervo não parava de aumentar, a GNAM logo foi transferida para o local atual, um prédio que foi construído para a Exposição Universal de 1911.
Durante a guerra, muitas das obras foram retiradas do museu e “escondidas” em outros museus fora de Roma e até no Castelo Sant’Angelo.
E graças à falta de espaço da GNAM nasceu o MAXXI, projeto de Zaha Hadid
A GNAM possui ainda algumas sedes menores destacadas, mas havia a necessidade urgente de hospedar a arte de hoje, ou seja, do séc. XXI.
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Houve projetos e propostas para criar mais uma sede destacada, aproveitando prédios semi-abandonados de velhos quartéis às margens do Rio Tibre, o que no final acabou dando a Roma a oportunidade de ter mais um fantástico museu, o MAXXI, um acrônimo que significa Museo delle Arti del XXI Secolo.
Para os amantes dos museus e da arte, é uma ótima oportunidade poder visitar os museus de arte antiga, mas também poder ver o que a arte italiana produziu depois dos “grandes mestres” dos séc. 16, 17 e 18.
Entre os artistas da coleção permanente estão: Klimt, Courbet, Modigliani, Picasso, Morandi, Rodin, Boccioni, Braque, Mirò, Giacometti, Degas, De Chirico, Morandi, Van Gogh, Guttuso, Pollock, Fontana, Schifano, Burri, Calder, Monet, Hayez, Canova.
Acredito que você não se decepcionará ao visitar a GNAM.
O museu tem uma das cafeterias mais bonitas de Roma. Elegante sem ser altiva, e com precinhos bem abordáveis. No verão a cafeteria também ocupa um espaço externo bem agradável. Não é necessário ir ao museu para poder entrar na cafeteria, porque ela tem uma entrada externa, na lateral esquerda do prédio.
GNAM
Site: http://www.gnam.beniculturali.it/
Endereço: Viale delle Belle Arti 131. Os bondes 3 e 19 passam na porta. A linha 19 faz ponto final na Piazza Risorgimento, a poucos metros do Vaticano (para quem quiser fazer uma dobradinha). Também é possível pegar o metrô A, descer na estação Piazza del Popolo, passar por dentro da Villa Borghese e chegar lá.
Dias e horários: de terça a domingo, das 8:30 às 19:30. A bilheteria fecha 45 minutos antes do horário de encerramento.
Preço: 4 euros e grátis todos os primeiros domingos do mês.
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