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Villa Adriana em Tivoli: A Magnífica Vila do Imperador Adriano

A Villa Adriana, na cidade de Tivoli, arredores de Roma, é uma das áreas arqueológicas que nos dá o exemplo da grandiosidade do Império Romano.

Ela é uma das vilas imperiais mais bem conservadas, além disso, é um dos sítios arqueológicos mais visitados do mundo, além de ser um patrimônio da humanidade, conforme classificado pela Unesco.

Construída pelo Imperador Adriano, entre os anos 118 e 138, aos pés dos Montes Tiburtinos, a propriedade chegou a ter 120 hectares. 

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Nesse enorme complexo residencial, o imperador Adriano procurou se inspirar em maravilhas arquitetônicas que ele tinha conhecido nos quatro cantos do império, sobretudo Grécia, Ásia Menor e Egito.

A Villa Adriana pode ser um ótimo passeio bate e volta saindo de Roma. Há quem aproveite e visite as duas vilas mais famosas de Tivoli em um só dia: Villa Adriana e Villa D’Este.

Como era a Villa Adriana?

villa adriana

Imagine uma mansão enorme, circundada de todo o tipo de infraestrutura. A casa imperial era dividida em dois andares.

Na enorme área ficava a residência oficial e outras dependências secundárias, além de termas, teatros, quartéis dos guardas imperiais, bibliotecas, imensos jardins, fontes, lagos e chafarizes, além de templos.

Na verdade, a Villa Adriana, é como se fosse uma pequena cidade.

Dos 120 hectares, hoje em dia percorremos 1/3 da estrutura, ou seja, somente 40 hectares, mas já é um passeio e tanto.

Crédito: Shutterstock

A vila foi construída em um lugar rico de fontes hídricas, uma vez que por ali passavam quatro dos aquedutos que abasteciam Roma: Anvio Vetus, Anio Novus, Acqua Claudia e Acqua Marcia.

Toda essa abundância de água fez com que a vila tivesse estupendas fontes e ambientes aquáticos, como o Canopo e o Teatro Marítimo.

Ambos era cenografias maravilhosas, entre jogos de água, esculturas clássicas e, particularmente, no caso do Canopo, animais e plantas da fauna e flora do Rio Nilo.

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Crédito: Shutterstock

Para quem não sabe, o Canopo é um dos afluentes do delta do Nilo e também o nome de uma cidade egípcia que graças ao canal, se conectava à grande cidade de Alexandria. E foi nas águas desse rio que morreu afogado o jovem Antinoo, amante do imperador Adriano, que parece ter sofrido muito com essa morte.

Uma grande parte das esculturas  originais que decoravam o Canopo, hoje se encontram no museu da Villa Adriana e, digamos, algumas das esculturas mais excelentes estão no Museu Gregoriano Egípcio, um dos museus que formam os famosos Museus do Vaticano.

Apesar da vila ser monumental, talvez pelo fato de estar longe de Roma e mergulhada no meio da natureza, a imaginamos como um ambiente mais íntimo.

Foi justamente essa atmosfera que inspirou a escritora Margherite Youcenar a escrever o livro Memórias de Adriano. Youcenar visitou a vila Adriana na década de 20 do século passado, e após muitos anos de profundas pesquisas pode publicar o seu aclamado romance.

Nos últimos anos do seu império, Adriano, que faleceu em 138 d.C., praticamente trasferiu a vila imperial para cá, fazendo com que o lugar ganhasse vários ambientes e funções públicas.

Principais ruínas para serem visitadas na Villa Adriana são:

Sala da grande maquete e ilustrações

Crédito: Shutterstock

Logo que entramos na Villa Adriana e somos conduzidos aos primeiros metros de percurso, o primeiro lugar muito interessante e que não deve ser absolutamente pulado é a sala com a grande maquete da vila.

Ficamos impressionados e boquiabertos com a sua imponência. Além de todas as explicações, nas paredes há várias fotos ilustrando como foram as excavações e a redescoberta da Villa Adriana pelos arqueólogos.

Não pule essa sala, porque ela é bem importante para entender a vila.

Os muros do Pecile

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Crédito: Shutterstock

Logo após terminar de ver a sala onde fica a maquete, a primeira ruína que vemos são os altíssimos muros do Pecile.

O Pecile era um pórtico que ficava em uma das entradas monumentais da vila.

Os muros isolavam um pouco a praça do restante dos ambientes e daqui existiam vários percursos para alcançar as demais localidades da vila.

Cento Camerelle

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Crédito: Shutterstock

Os “cem pequenos quartos” ou “cem cubículos” são uma grande engenhosidade do modo de construir dos romanos.

Era necessário fazer uma sustentação para que o desnível do terreno não causasse o desmoronamento dos pórticos do Pecile.

Mas ao mesmo tempo também havia a necessidade de construir espaços onde acomodar os soldados e toda a mão-de-obra que cuidava da manutenção dos espaços da vila.

Então foi construída uma sustentação em forma de condomínio. Ao mesmo tempo sustentava os muros e os pequenos cubículos serviam de moradia.

Antonoeion

De frente para o Vestíbulo (o outro ingresso monumental da vila), se encontra um amplo espaço chamado Antonoeion pelos arqueólogos.

O espaço é dedicado à memória de Antinoo, jovem amante do imperador Adriano.

Antinoo morreu misteriosamente afogado no Rio Nilo. Das muitas hipóteses, há quem acredite que ele foi assassinado a mando de Víbia Sabina, esposa de Adriano e imperatriz de Roma.

Adriano sofreu muito com a morte do seu jovem amor e dedicou muitos ambientes, jardins, templos, etc. à memória do jovem. Além de deificá-lo.

Sala dos Filósofos

Saindo do Antoneion, retornando em direção ao Pecile e percorrendo o outro lado da colina, se encontra a Sala dos Filósofos.

Esse edifício era ligado a outros importantes ambientes da vila, como, por exemplo, o Teatro Marittimo.

Se trata de um grande espaço retangular com o teto em forma de uma imponente abóboda. Ainda existem dúvida sobre qual fosse o uso desse ambiente, e pelo fato que existem muitos nichos no qual poderiam-se apoiar livros, acredita-se que pudesse ser a biblioteca imperial ou ainda uma grande aula para as audiências públicas.

Termas

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Crédito: Shutterstock

Encontramos duas termas romanas na Villa Adriana: as Pequenas Termas e as Grandes Termas.

As pequenas termas eram um espaço muito luxuoso, onde hoje em dia ainda vemos restos dos mármores que a decorava.

Nas grandes termas pode-se reconstruir os ambientes dedicados às piscinas de água fria, morna e quente, a dizer, o frigidarium, o tepidarium e o calidarium.

Durante muitos ano sum dos objetos de pesquisa dos arqueólogos era o porquê existissem duas termas na Villa Adriana.

Com a continuação das escavações, chegou-se à conclusão que as termas menores eram de uso exclusivo do imperador e que as termas grandes eram usadas pelo restante das classes sociais existentes ao interno da vila: dos soldados aos empregados.

Canopo

O Canopo reproduz o canal que ligava a cidade de Canopo à cidade de Alexandria, localizada no delta do rio nilo.

Muitas das fotos mais famosas que ilustram a Villa Adriana são tiradas nesse local.

Teatro Grego

Como podemos esperar de uma grande vila imperial, também existia um ambiente para as exibições culturais.

Ainda è possível ver as ruínas de uma estrutura semicircular com degraus, onde ficavam os espectadores. E o que sobrou atualmente são os degraus que os atores usavam para entrar no palco.

Como chegar na Villa Adriana?

Visitar a Villa Adriana indo de ônibus

Tivoli dista aproximadamente 30 km de Roma. O modo mais fácil de chegar até lá é pegar a linha B do metrô em direção a Rebibbia e descer em Ponte Mammolo, a penúltima estação da linha

Ao sair do metrô suba até o andar térreo (nivel da rua) e à esquerda encontrará um bar/tabacaria que vende os bilhetes de ônibus para Tivoli. Eles custam 2 euros. Para facilitar, compre ida e volta.

Pegue as escadas rolantes à direita e suba para o primeiro andar. Ali é o terminal dos ônibus COTRAL (ônibus grandes e da cor azul) e são esses que levam a Tivoli.

Saem ônibus a cada 15 minutos e leva-se cerca de 1 hora para chegar a Tivoli.

O ônibus deixa a cerca de 1,5 km a pé da Villa Adriana, ou é possível pegar um microonibus local, cujos bilhetes são vendidos em tabacarias e bares (tem um bem no início da rua da Villa Adriana)

Para ter informações detalhadas consulte o site da empresa de transportes http://www.cotralspa.it/home.aspx e veja os links ORARIO (HORÁRIO) e CAPOLINEA E PARTENZE (PONTO FINAL E SAÍDAS).

Esse aqui é o ônibus que leva a Tivoli

Visitar a Villa Adriana indo de carro

A Villa Adriana está a cerca de 35 minutos de carro saindo de Roma. E já aviso que o seu melhor aleado será o GPS.

Pode-se chegar até lá percorrendo a S.S. Via Tiburtina (S.S. está para estrada estadual) seguindo as indicações para Tivoli. Atenção que você não deve chegar ao centro de Tivoli (onde fica a Villa D’Este), mas primeiro siga as placas para Tivoli Terme e depois para Villa Adriana.

Caso esteja vindo de outras localidades, pegue a autoestrada A24 com saída para Tivoli. Depois é necessário percorrer cerca de 2,5 km para chegar até a Villa Adriana. 

A Via Tiburtina é uma estrada de percorrência gratuita, mas ela é muito trafegada durante os dias úteis. A autoestrada pode ser mais rápida, mas é necessário pagar pedágio.

Bem na entrada na Villa Adriana tem um estacionamento (pago) bem grande.

Informações úteis:

Endereço: Largo Marguerite Yourcenar 1, Tivoli

Site: https://www.levillae.com/

Dias e horários:

8.30-17.00 mês de janeiro
8.30-18.00 mês de fevereiro
8.30–18.30 mês de março
8.30–19.30 do último domingo de março até o dia 31 de agosto
8.30–19.00 mês de setembro
8.30–18.30 mês de outubro
8.30-17.00 do último domingo de outubro do dia 31 de dezembro

Preço: 10 euros

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