Conhecer o Coliseu, junto com o Fórum Romano e o Palatino, é uma das visitas mais fantásticas da capital italiana.
Se depois de visitar o Coliseu, ou quem sabe antes, você quiser explorar mais a área nos arredores, saiba o que fazer e para onde ir.
Muitas pessoas que visitam o Coliseu, não sabem que, por exemplo, ali perto há obras de arte importantes, inclusive de autoria de Michelangelo.
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Portanto, no seu roteiro de viagem em Roma, encontre um pouco de tempo para explorar aquela área ali.
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Para dar uma mãozinha, aqui vão 11 dicas de o que fazer perto do Coliseu. Vamos lá!
Ludus Magnus: as ruínas da escola de treinamento dos gladiadores
O Ludus Magnus é um pequeno sítio arqueológico ali bem perto do Coliseu. Infelizmente boa parte foi coberta pela asfaltagem da estrada e pelas construções no entorno.
O Ludus Magnus ou A Grande Escola de Treinamento dos Gladiadores era a sede principal de outras três academias existentes em Roma, onde eles se preparavam para as exibições na arena e sobreviver às feras!
O que vemos hoje são os restos de 14 cubículos de 20 metros quadrados. Segundo os arqueólogos não foram encontrados restos de camas ou móveis, o que faz deduzir que os gladiadores dormiam no chão.
As ruínas vieram à luz em 1937 durante a obra para a construção de um prédio, e em 1939 também foram encontrados os túneis que conduziam os gladiadores diretamente do Ludus Magnus ao Coliseu.
Todos aqueles que eram feridos nas lutas da arena também eram levados para lá!
As casas romanas do Celio
O Celio é uma das antigas colinas sobre as quais Roma foi fundada, junto, por exemplo, com o Palatino e o Monte Capitólio.
Como tantas atrações, essas casas romanas foram descobertas “por acaso” durante a restauração da Basílica de São João e São Paulo. Coloquei o “por acaso” entre aspas porque sabemos que fazer escavações em uma área a menos de 500 metros do Coliseu significa encontrar com certeza alguma antiguidade.
Pois bem, ali se encontra um conjunto de casas romanas do séc. II ao séc. IV d.C., as chamadas insulae romane. Eram as casas populares, o que nós hoje chamaríamos de prédio ou condomínio.
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No total foram encontrados 20 casas, das quais 13 ainda possuem os afrescos antigos. As construções são de várias épocas, porém a mais antiga pressupõe-se que seja do ano 111 d.C.
Sucessivamente no final do século IV e durante o séc V d.C. essas casas foram compradas por um único proprietário, que as anexou à sua Domus (a “mansão” dos ricos e poderosos da época). Até que séc. V quase tudo foi enterrado para construir a Basílica e só veio à luz catorze séculos depois.
Case romane del Celio
Site: http://www.caseromane.it/it/
Endereço: Clivo di Scauro
Dias, horários e preço: Fecha às terças e quartas-feiras. Abre todos os outros dias, das 10 às 13h e das 15 às 18. Custa 8 euros e é grátis até 12 anos.
Visitar o claustro renascentista da faculdade de Engenharia
A faculdade de Engenharia da Universidade de Roma La Sapienza, ou para os locais La Sapienza, possui um lindo claustro renascentista conhecido como “Chiostro di San Pietro in Vincoli”.
Descobri esse claustro à época em que meu marido trabalhou no departamento de engenharia. Foi uma verdadeira surpresa encontrar um claustro medieval no pátio de uma universidade.
Conforme nos informa o site da Faculdade, o claustro foi provavelmente projetado pelo arquiteto florentino Giuliano Da Sangallo, um dos preferidos de Lorenzo de’ Medici, que foi seu mecenas. Ele possui um pórtico retangular e em cada lado há sete ou oito arcos sustentados por belos capitéis iônicos com o brasão da família nobre Della Rovere.
No centro do claustro também há um poço.
Nos dias de formatura, os engenheiros recém-formados costumam aproveitar o belo ambiente para tirar fotos. No verão o claustro hospeda concertos de música e outros eventos, como festivais cinematográficos ao ar livre.
Facoltà di Ingegneria Università La Sapienza
Site: http://www.ing.uniroma1.it/drupal/drupal/strutture/sale-del-chiostro
Endereço: Via Eudossiana 18.
O campus da Universidade abre de segunda à sextas das 8 às 19h, e aos sábados das 8 às 13h.
O Moisés de Michelangelo, na Basílica de San Pietro in Vincoli
Literalmente ao lado da faculdade de Engenharia da Sapienza se encontra a Basílica di San Pietro in Vincoli (trad. Livre: São Pedro Acorrentado).
Ela é uma das igrejas mais bonitas e pouco visitadas de Roma, apesar de possuir um tesouro inestimável: o Moisés de Michelangelo. Na minha humilde opinião, um dos mais belos trabalhos do gênio renascentista.
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Basílica di San Pietro in Vincoli
Endereço: Piazza di San Pietro in Vincoli, 4/a
Dias e Horários: Todos os dias. De Abril a Setembro, das 8 às 12:30 e das 15 às 19h – De Outubro a Março: das 8 às 12:30 e das 15 às 18h
Um café ou happy hour “rico” com vista deslumbrante para o Coliseu
Se seu orçamento não estiver apertado, uma boa opção é tomar um café ou um happy hour no terraço panorâmico do hotel cinco estrelas Palazzo Manfredi.
Se trata de uma oportunidade única de ver o Coliseu “do alto” e assistir ao calar da tarde tomando um prosecco nesse maravilhoso terraço, com vista para uma das sete maravilhas do mundo antigo é um super programa.
O único porém é que não dá para gastar menos de 10 euros em um café da manhã e nem menos de 15 euros em um happy hour.
Digamos que o “plus” da vista tem o seu preço.
Palazzo Manfredi
Site: http://www.palazzomanfredi.com/it/
Endereço: Via Labicana 125
Basílica de Santo Stefano Rotondo, a surpreendente igreja com planta redonda
Mais um pequeno tesouro que descobri por pura curiosidade: tinha uma consulta médica no hospital San Giovanni (que fica praticamenteao lado) e vi um prédio meio medieval. Fui descobrir o que existia.
Para minha surpresa, vi esse lugar mágico onde eu era a única pessoa!
Ela foi construída no séc. V d.C. (440-460), atualmente pertence ao colégio pontifício germânico-hungárico e é a igreja nacional da Hungria em Roma.
Maravilhe-se você também com seus antiquíssimos afrescos.
Basilica di Santo Stefano Rotondo
Site: http://www.santo-stefano-rotondo.it/
Endereço: Via di Santo Stefano Rotondo 7
Dias e horários: Todos os dias. Das 10 às 13h e das 14:30 às 17:30
Bater perna no charmosíssimo Bairro Monti
Como gosto de dizer: Monti é o único bairro realmente pitoresco que pode concorrer com o Trastevere.
Não por acaso Woody Allen o escolheu como locação para o filme Para Roma com Amor. O bairro é de um charme único: prédios cobertos por caramanchões, vasinhos de plantas nas janelas e ótima gastronomia.
Ali há escolhas de comidas e bebidas para todos os gostos e bolsos, e acredito ser um bairro de Roma praticamente isento de pegadinhas contra turistas.
O bairro também hospeda nos finais de semana uma feirinha de moda artesanal super hype, o Mercato Monti. Caminhando pelas suas ruas também encontramos galerias de arte, brechós, perfumarias artesanais e muitos estilistas que fazem uma moda bem personalizada e super criativa.
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Aos sábados e domingos tem lugar um das melhores feirinhas diretamente do produtor ao consumidor: o Mercato di Campagna Amica.
Além das barracas de feira, cujos produtores trazem tudo diretamente dos seus sítios e fazendas, nas várias barraquinhas é possível comprar e provar queijos, embutidos, azeite extravirgem puríssimo italiano, vinhos.
Todos os finais de semana uma trattoria é convidada para pilotar o fogão, etão é possível comer um prato principal a partir de 6 euros.
Aqui em casa gostamos de comprar várias comidinhas (pão, verduras, queijos, salames, etc.) nas barracas, e acompanhado de um copo de vinho, fazemos o nosso “piquenique improvisado”, porque há mesinhas ao ar livre.
Mercato di Campagna Amica
Via di San Teodoro 74
Aberto aos sábados das 9 às 18h., e aos domingos das 9 às 16h. Em julho abre somente aos sábados e fecha no mês de agosto.
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Visitar a Domus Aurea, a Casa Dourada do Imperador Nero
A poucos passos do Coliseu se encontra a Domus Aurea, a Casa Dourada construída pelo imperador Nero. Suas paredes eram decoradas com folhas de ouro e ela ía mais ou menos do Palatino até chegar ao Esquilino, ou seja, até quase a Estação Termini.
Depois do seu suicídio, aos 30 anos, em 9 de junho de 68, os imperadores que o sucederam procuraram desaparecer com a memória histórica de Nero, o que chamamos comumente de damnatio memoriae.
Trajano enterrou completamente a Domus Aurea, e foi isso que fez com que ela permanecesse “selada” embaixo de toneladas de terra até o Renascimento.
Se não me falha a memória eu havia visitado a Domus Aurea em 2002 e logo depois ela ficou fechada durante anos.
Voltou a reabrir e atualmente de segunda a sexta-feira existe um trabalho de restauração, e aos sábados e domingos as visitas estão abertas ao público. Se puder, visite, porque essa é uma das melhores coisas para fazer perto do Coliseu.
As visitas são guiadas pelos arqueólogos que trabalham na restauração e é uma incrível viagem no tempo para salvar a Domus Aurea. E os arqueólogos também contam muitas curiosidades dos trabalhos de restauração.
Domus Aurea
Site: http://archeoroma.beniculturali.it/cantieredomusaurea/
Endereço: Via della Domus Aurea 1
Dias e horários: Sábados e Domingos das 9 às 17h. Ela ficou aberta durante 2015 e 2016, mas ainda não se sabe como será em 2017.
Visitar a deslumbrante Basílica de São Clemente e seus subterrâneos
A pouco mais de 300 metros do Coliseu, os subterrâneos da Basílica de São Clemente nos conduzem em uma viagem de volta ao passado. Um passado de quase dois mil anos.
Graças às escavações nos séculos 19 e 20 foram encontrados subterrâneos que nos conduzem não somente à precedente basílica (muitas igrejas de Roma estão construídas por cima de uma igreja mais antiga), como também um altar do culto de Mitra e afrescos antigos.
São Clemente é um ícone de continuidade histórica em termos de subterrâneos. E um must see!
Basílica de São Clemente
Site: http://www.basilicasanclemente.com/ita/
Endereço: Via Labicana 95. A igreja fica no caminho (para quem vai a pé) que liga ao Coliseu à Basílica dei Santi Quattri Coronati e da Basílica Papal (e Catedral de Roma) de São João de Latrão. Fica a dica!
Horário: segunda a sábado das 9 às 12 e das 15 às 18. Domingos e feriados das 12:15 às 18. A bilheteria fecha meia hora antes do horário de encerramento.
Preço: 10 euros, com gratuidade para menores de 16 anos.
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