O Gueto Hebraico é um dos pequenos bairros que fazem parte do centro de Roma. Escondidinho (mas nem tanto!) entre o Campo de Fiori e Trastevere, o local é uma das melhores opções de passeio, principalmente para aqueles que querem saber e conhecer mais sobre a história do segundo maior gueto judeu do mundo
O segundo gueto judaico mais antigo do mundo (o primeiro é o de Veneza!), reserva surpresas para quem fazer passeios mais alternativos em Roma.
O Museu da Shoah é uma ótima opção de passeio. E ele é grátis!
A comunidade judaica romana é a mais antiga das comunidades judaicas europeias, pois chegaram a Roma no séc II a.C. Ou seja, há mais de 2000 anos.
![museu-da-shoah-roma-3](https://romapravoce.com/wp-content/uploads/2016/12/museu-da-shoah-roma-3.jpg)
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Graças à sua importância e representatividade, há muitos anos existe o projeto de inaugurar um grande Museu da Shoah em Roma.
![museu-da-shoah-roma-4](https://romapravoce.com/wp-content/uploads/2016/12/museu-da-shoah-roma-4.jpg)
Mas aqui na Itália as coisas acontecem muito lentamente. Enquanto aguardam o definitivo, foi inaugurado um pequeno Museu da Shoah em um antigo prédio medieval no Gueto, ao lado do pórtico de Ottavia e do Teatro de Marcelo, a poucos metros da grande Sinagoga e a poucos minutos de caminhada do Trastevere.
O museu é gratuito e altamente educativo. As mostras são sempre inerentes à comunidade judaica não só romana. Um dos temas mais presentes nas mostras é o holocausto judeu durante a segunda guerra mundial.
É importante saber que o lugar onde o museu se encontra é altamente simbólico e cheio de história. De uma dolorosa história.
Ele se encontra no Largo 16 Ottobre 1943. Nas primeiras horas da manhã do dia 16 de outubro de 1943, a SS nazista fez uma operação pente-fino, retirando todos os judeus das suas casas, e levando-os para os campos de concentração.
Esse evento se chama Il Rastrellamento del Ghetto (Operação Pente-Fino no Gueto). Todos foram reunidos ali no largo, antes de serem mandados para uma prisão provisória no colégio militar (que na época ficava na Via della Lungara, no Trastevere), e depois de 8 dias todos foram transportados para Auschwitz-Birkenau.
Foi ali que pude ver uma mostra muito interessante sobre a história da família de Anne Frank, que se concentrava principalmente na história deles antes da guerra e na imigração da Alemanha para a Holanda.
Na minha última visita, o tema da mostra era justamente a devastação e a pilhagem que ocorreu no dia 16 de outubro de 1943.
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Durante a exposição há muitas explicações da origem dos judeus de Roma, da lei racial de 1565 que criou o Gueto Judaico, da Unificação da Itália em 1870 que atribuiu definitivamente a cidadania italiana aos judeus-italianos, até os anos 30 do século passado, com as políticas de segregação fascista e nazista.
Muito tocante um vídeo com os depoimentos daqueles poucos que sobreviveram, porque conseguiram fugir à operação pente-fino. Alguns foram os únicos membros das suas famílias a voltarem dos campos de concentração.
O nosso mundo vive constantemente época de barbáries e incertezas, portanto, considero que o museu e as suas mostras são um importante momento de reflexão sobre o presente e futuro da humanidade.
![No final da mostra há uma pequena sala, onde são exibidos vídeos complementares ao tema. Nesse caso são depoimentos de quem sobreviveu ao dia 16 de Outubro de 1943, muitos porque se esconderam](https://romapravoce.com/wp-content/uploads/2016/12/museu-da-shoah-12.jpg)
Museo della Shoah di Roma
Site: https://www.museodellashoah.it/
Endereço: Via del Portico d’Ottavia 29
Dias e Horários: De Domingo à quinta-feira das 10h às 17h. Sextas-feiras das 10h às 13h (exceto em ocasião de datas comemorativas judaicas).
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Respostas de 3
Adoro esse tipo de museu, apesar de serem tristes. Mas aprender mais da história é muito bom. =)
Cada vez que entro aqui acabo encontrando algo diferente em Roma! Adorei essa dica e nem preciso dizer que o local está marcado no mapa, né? Meu maridão agradece a dica 😉
Fico esperando vocês pra gente fazer um passeio juntos.
Beijossssss