Das muitas cidades famosas da Itália, quase todas oferecem muitas coisas para ver e fazer.
Mas nenhuma metrópole italiana consegue amalgamar tão bem o antigo e o moderno quanto Milão.
Capital do Império Romano, de 286 a 402 d.C., Milão assistiu e foi protagonista do nascimento do mundo ocidental, das suas tradições e das suas igrejas.
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Nela vemos uma bem-sucedida interseção de tradição, alta moda, arquitetura de nos deixar boquiabertos, conservando muito bem traços do seu passado.
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Por isso, a seguir algumas dicas para saber o que fazer em Milão.
O monumental e gótico Duomo de Milão
Um dos símbolos mais imponentes da cidade é o seu duomo, que também é a catedral de Milão.
Além de símbolo da capital meneghina, ele também é o símbolo da arquitetura gótica na Itália (sobretudo o gótico lombardo), por isso é considerada uma das catedrais góticas mais bonitas e imponentes da Europa.
O Duomo começou a ser construído em 1386, onde já existiam 2 igrejas, e foi concluído somente no século 19. Hoje em dia o Duomo de Milão é visitado anualmente por mais de 4 milhões de pessoas.
Sua centralidade no meio da Piazza del Duomo faz com que sua vista seja absolutamente cenográfica. Além disso, suas dimensões e aparato decorativo da fachada são notáveis:
São quase 160 metros de comprimento, a estátua da Madonnina (Nossa Senhora) fica a cerca de 108 metros de altura do chão, há 135 guglie, além de 2300 estátuas na parte externa e 1100 na parte interna.
Uma das grandes maravilhas é poder visitar, além do interior da igreja, outros dois ambientes: as escavações no subsolo onde existem restos arqueológicos de Milão no séc 4 d.C. O subsolo está a cerca de 4 metros de profundidade da altual altura da praça.
Talvez o que mais chame a atenção seja subir no terraço panorâmico do Duomo. É uma das melhors dicas de o que fazer em Milão, sobretudo em um dia de sol e céu azul.
Piazza del Duomo
Praça central de Milão, além de abrigar o Duomo de Milão, é um imenso espaço público que reúne no seu entorno prédios com estilos arquitetônicos impressionantes.
Inclusive, a Piazza del Duomo pode ser um ponto de partida de um itinerário em Milão.
No centro da praça encontramos a estátua de Vitor Emanuel II, primeiro lei da Itália unificada e também de frente para a praça o Palácio Real de Milão e a Galleria Vittorio Emanuele.
Além disso de frente para a praça há uma série de lojas, bares, restaurantes.
Galleria Vittorio Emanuele
O primeiro rei da Itália não está só na Piazza del Duomo, mas também presente no nome da galeria mais elegante da Itália: a Galleria Vittorio Emanuele.
A galeria é uma passagem coberta, que liga duas das principais praças de Milão: a Piazza del Duomo e a Piazza della Scala, onde fica o Teatro della Scala, palco para óperas e balés, e com uma temporada concorridíssima.
A galeria foi inaugurada em 1867 para ser o ponto comercial da burguesia milanesa, com suas lojas requintadas e cafés. Portanto, ela é considerada um dos primeiros shooping centers do mundo moderno.
Atualmente ali existem várias atividades comerciais históricas, algumas delas estão por lá há mais de cem anos, como a loja de chapéus Borsalino (1883), o Caffè Campari (1867), a loja Fratelli Prada (1913), além do exclusivíssimo restaurante Savini (1867).
Além da sua natural elegância, muitos visitam a galeria por muito motivo divertido e supersticioso: no chão há um mosaico com o símbolo da cidade de Turim, ou seja, um touro.
Acredita-se que rodar por três vezes o calcanhar direito nos genitais do animal possa trazer sorte, o que faz com o que o mosaico esteja um pouco desgastado, comparando com o resto do chão reluzente da galeria.
O Cenáculo de Leonardo Da Vinci
O Cenáculo Davinciano ou Última Ceia de Leonardo Da Vinci é uma pintura de 4,60m x 8,80 m e fica no refeitório do convento localizado ao lado da igreja de Santa Maria delle Grazie.
É considerada uma das obras mais importantes do artista e, uma das poucas que permanecem na Itália, uma vez que Leonardo se transferiu para a França em 1517, levando consigo obras importantes, como, por exemplo, a Monalisa.
A igreja foi encomendada pelo duque de Milão, Ludovico Sforza, o qual pretendia colocar o túmulo da família nessa igreja.
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Castello Sforzesco
O Castello Sforzesco é uma grande fortaleza construída no séc. 15, pelo duque de Milão, Francesco Sforza, onde, na verdade, já existia um antecedente castelo medieval, que por sua vez ficava em proximidade onde à época do império romano existia também um castelo chamado Castrum Porta Jovis.
O castelo passou por várias transformações nos séculos 16 e 17, e pode ser considerado um dos maiores castelos defensivos da Europa.
Dessas tranformações, há projetos de Leonardo Da Vinci. Existem dois manuscritos, hoje na França, que mostram os esboços das novas defesas que Leonardo projetou para o castelo.
Sua fachada com uma imensa parede de tijolos, ameias e uma torre central, pode ser considerada um dos símbolos de Milão.
Quando entramos no seu pátio nos damos conta ainda mais da imensidão dessa estrutura defensiva.
Hoje em dia o Castello Sforzesco abriga museus e coleções (no total são 18) que contam a história de Milão. Alguns também abrigam grandes mostras temporárias.
Dois dos principais museus, do ponto de vista de um turista que visitará Milão, pode ser visitar o Museo Pietà Rondanini, que hospeda a Pietà Rondanini, do Michelangelo, e também a Sala delle Asse, dedicada a Leonardo Da Vinci.
La Rinascente e seu terraço panorâmico
La Rinascente está para a Itália o que a Galeries Lafayette está para Paris e a Harrods está para Londres. É uma requintada loja de departamentos onde podemos encontrar de tudo: maquiagens e perfumes, roupas e sapatos, artigos fantásticos de decoração para a casa.
Obviamente a Rinascente também vende um pouco de tudo de melhor da gastronomia italiana, como azeites, presuntos, vinhos.
No seu interior há bares e restaurantes, e um dos ambientes que mais faz sucesso é o bar-restaurante com terraço panorâmico.
Dele temos uma vista maravilhosa do teto do Duomo de Milão. Esse é um dos programas que nunca deixo de fazer quando vou a Milão.
Não perca tempo em filas! Ingresso para as atrações turísticas de Milão:
- Visita ao Castelo Sforza e Pietà Rondanini
- Museu Leonardo Da Vinci
- Tour Teatro della Scala e Museu do Teatro
- Tour del Duomo de Milão e terraços panorâmicos
Basílica de Sant’Ambrogio
A Basílica de Sant’Ambrogio é uma das igrejas mais antigas de Milão e, enquanto o Duomo é um ícone da arquitetuira gótica, Sant’Ambrogio é um dos símbolos absolutos do românico lombardo.
A sua construção iniciou em 379 e foi concluída em 386 por vontade do bispo Ambrogio, que a dedicou aos santos mártires que nela foram sepultados.
Após a morte e santificação de Ambrogio, a igreja lhe foi então dedicada e passou a se chamar com o nome que tem hoje.
Já no século 8 a igreja passou pelas primeiras transformações arquitetônicas e entre os séculos 11 e 13, foram feitas grandes obras, fazendo com que ela perdesse muitas características paleocristãs e assumisse definitivamente um caráter arquitetônico românico.
Devido à sua grande monumentalidade, seu pátio externo servia de ligação entre a religião e a vida da cidade, uma vez que ali aconteciam as assembleias populares e muitas feiras e mercados locais.
Teatro della Scala
O Teatro della Scala é uma das maiores, mais famosas e suntuosas casas de ópera do mundo todo.
Foi inaugurado em 1778 em substituição ao Teatro Regio Ducale que havia sido destruído por um incêndio. Seu nome de batismo é o mesmo de uma igreja que existia no exato local onde o teatro foi construído: a igreja de Santa Maria della Scala.
Um dos eventos mais esperados durante o ano é “la prima della Scala”, a primeira noite da temporada de óperas. Todos os personagens vips e mais importantes da Itália e da Europa fazem questão de comparecer a esse evento mundano.
Para a noite de abertura existe um dress code rigoroso: homens de traje completo de cor escura (preto ou azul marinho) e gravata. Mulheres devem usar vestidos, ou calças e camisas de alfaiataria.
O Teatro della Scala tem o recorde de ter acolhido os maiores músicos, regentes, bailarinos e personalidades famosas do mundo da música e da dança: Puccini, Toscanini, Stravinski, Debussi, Gershwin, Maria Callas e Rudolf Nureyev são apenas alguns nomes.
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Igreja de San Maurizio, a “Capela Sistina de Milão”
San Maurizio poderia ser definida como “nunca julge pelas aparências!”. Quem passa pela porta da igreja e observa a sua austera e altíssima fachada, não imagina que precisará “abrir a tampa do baú” para descobrir o inenarrável tesouro do seu ciclo pitórico.
Suas origens são muito antigas: sabe-se que já existia ali um mosteiro no séc 8., o qual por sua vez, na sua construção reutilizou restos de edifícios da época do Império Romano.
A igreja que vemos hoje começou a ser construída em 1503, e logo ganhou um importante ciclo de pinturas, cuja fase inicial foi realizado por discípulos de Leonardo Da Vinci, que no mesmo período estava em Milão e se ocupava da pintura do quadro Vergine delle Rocce (A Virgem das Rochas).
Todos os espaços internos, das paredes ao teto, são decorados com estuques, pinturas e afrescos, em grande parte realizados de 1522 a 1529.
A riqueza das imagens, uso das cores, e maestria da realização fizeram com que a igreja ganhasse o apelido de “Capela Sistina de Milão”.
Com certeza a Igreja de San Maurizio é um dos melhores exemplos do Renascimento na Lombardia e um lugar para conhecer em Milão.
Museo Nazionale della Tecnologia e Scienza Leonardo Da Vinci
Leonardo Da Vinci foi muito mais do que um artista, mas um verdadeiro gênio: estudioso, inventor e por muitas vezes um visionário.
Nada mais justo que a cidade que o acolheu por 17 anos (1482 ao 1499), lhe dedicasse um museu.
Criado em 1953, o Museo Nazionale della Tecnologia e Scienza Leonardo Da Vinci contém algumas de suas obras, e também uma coleção com importantes exposições científicas e tecnógicas, fazendo com que seja considerado o mais importante museu de ciências e tecnologia da Itália.
Nele há uma quantidade considerável de modelos de carros criados a partir de projetos elaborados por Leonardo, reconstruções das suas máquinas voadoras e uma infinidade de desenhos, esquemas, plantas e esboços.
Seguindo a alma inventora de Leonardo, o museu também exibe invenções tecnológicas que mudaram o mundo.
Dicas de Hotéis em Milão
Se você estiver buscando bons hotéis em Milão, clique nos links a seguir:
- UNA Maison (fiquei duaz vezes nesse hotel e a experiência foi ótima)
- NH Collection Porta Nuova
- Ibis Milano Centro
- Hotel Milano Navigli
- Hotel Aosta
- Solferino Suite
O Bairro Brera
Brera é um dos bairros mais charmosos e pitorescos de Milão. Desde a primeira vez que o conheci, e lá se vão pelo menos uns 15 anos, fiquei apaixonada e sempre foi uma etapa obrigatória todas as vezes que visitei a cidade.
Brera fica no coração de Milão, não muito longe da Piazza del Duomo e do Teatro della Scala.
A principal rua do bairro é a Via Brera. A existência do bairro começou a se delinear quando a Imperatriz Maria Teresa da Áustria ordenou a construção da Academia das Belas Artes (1776), que nasceu dois anos após a inauguração do Teatro Regio (hoje Teatro della Scala).
A presença dessas duas importantíssimas instituições culturais fez com que a área virasse um bairro de estudantes, artistas, intelectuais e… de prostíbulos. Pelo menos até os anos 60 do século passado, existiam muitas casas de tolerância no bairro.
Hoje Brera e muitas de ruas ruazinhas, com caminhos ladeados de pedras, acomodam galerias de arte, muitas lojas de antiquário, restaurantes e todo o tipo de comércio com… muito charme!
Nos terceiros domingos do mês nas ruazinhas de Brera é realizado um mercadinho de antiguidades. Tive o prazer de estar em Milão em uma dessas ocasiões e fiquei encantada com as mercadorias à venda.
Pinacoteca de Brera
Criada junto com a Academia de Belas Artes, em 1776, a Pinacoteca de Brera foi um dos primeiros museus públicos especializados na arte italiana.
Seu acervo começou com obras confiscadas nas conquistas de territórios italianos por parte de Napoleão.
A Pinacoteca de Brera concentra um das maiores e mais importantes coleções de arte italiana, com muitos artistas importantes, e uma certa relevância da arte lombarda e da arte vêneta.
São cerca de 40 salas que nos deixam boquiabertos entre Canaletto, Caravaggio, Rembrandt, Bramante e…o famoso O Beijo de Hayez.
Reserve pelo menos duas horinhas para passar dentro da Pinacoteca de Brera.
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Foro Bonaparte e o Arco della Pace
Quando Napoleão Bonaparte escolheu Milão como capital da República Cisalpina, o destino da cidade mudou radicalmente. Daquele momento Milão passou a ser um ponto estratégico da Europa, inclusive de modo que ela fosse ligada a outras importantes capitais europeias.
Em Junho de 1800 Napoleão ordenou a destruição de toda uma área fortificada em torno do Castelo Sforzesco, para construir uma enorme área aberta (uma praça, ou Foro, como chamavam os antigos romanos) para as celebrações patrióticas.
Em 1801 essa área foi chamada de Foro Bonaparte, mas a sua construção nunca aconteceu realmente, à parte o Parque Sempione, a arena e o Arco della Pace.
De todo modo, esse anel viário é uma das áreas mais charmosas da cidade, com belíssimos edifícios, cujas fachadas de certo modo lembram bastante o estilo Hausmaniano que tanto marcou Paris.
Uma das características que eu gosto muito desse cantinho da cidade, além da sua arquitetuta imperiosa, é o contraste com os bondinhos amarelos que conduzem até o Navigli, o bairro boêmio cortado pelos canais, antigamente navegáveis.
O Arco della Paz é um dos maiores monumentos neoclássicos de Milão.
O seu Arco da Paz celebra o Congresso de Viena, que sela em 1815 a paz entre as nações europeias após a derrota de Napoleão Bonaparte.
Sua construção começou em 1807 e foi interrompida após a derrota de Napoleão. O arco faria parte do famoso Foro Bonaparte.
I Navigli
Navigli eram os canais navegáveis de Milão. Sim, Milão já foi uma espécie de “Veneza” (desculpem-me pela liberdade da comparação) na Idade Média.
Atualmente uma grande parte desses canais está coberta por asfalto, e os canais que ainda permanecem abertos nos ajudam a recordar a vida comercial e navegável da cidade. Graças aos canais, Milão podia comerciar com inúmeras cidades.
O principal dos canais (inclusive o mais fotografado, famoso e até filmado em comerciais, filmes e novelas italianas) é o Naviglio Grande (inaugurado em 1272).
Nele fica a fotogênica Ponte de Fer uma ponte que já existia em 1531 (sendo na época, porém, construída de madeira).
De um lado e do outro do Naviglio grande acontece a “movida” milanesa, com vários bares, restaurantes e um férvido vai e vem.
Outra visita interessante é o Naviglio Pavese, onde inclusive ainda é possível ver algumas represas usadas para o trânsito das embarcações.
Existem possibilidades de passeios nos canais. Um deles é realizado em gôndola, graças ao Circolo Canottieri San Cristoforo (Clube de Remo).
Estádio San Siro + Museu do Futebol
Oficialmente chamado Giuseppe Meazza, mas popularmente conhecido como San Siro (a causa do bairro onde se encontra), o estádio é um dos maiores e mais modernos da Europa.
Inaugurado em 1926, em plena ditadura fascista, o estádio é a casa dos dois maiores times da cidade: o Milan e o Inter. Inclusive, Giuseppe Meazza, considerado um dos maiores jogadores italianos, defendeu a camisa dos dois times.
Com capacidade para quase 76.000 espectadores, o jornal britânico The Times, o nomeou como o segundo estádio mais bonito do mundo.
Sua classificação é Categoria 4 UEFA, ou seja, ele está no mais alto grau técnico, arquitetônico e de segurança dentre os estádios europeus.
O San Siro hospedou jogos da copa do mundo de 1934 e 1990, além da Copa UEFA de 1980.
Além dos jogos mais importantes de futebol, o San Siro hospeda grandes shows internacionais. Eu, por exemplo, o visitei pela primeira vez para assistir um show do Red Hot Chilli Peppers.
O estádio também hospeda o San Siro Museum, um museu dedicado à história do futebol. Unido a um tour é possível também visitar as arquibancadas, a tribuna de honra, o vestiário e outros ambientes locais.
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Bosco Verticale
Um dos projetos arquitetônicos mais arrojados e bem sucedidos de Milão são as dois prédios bem altos conhecidos como Bosco Verticale (Bosque Vertical).
A construção do complexo residencial durou de 2009 a 2014, e foram plantadas mais de 2000 espécies de plantas entre arbustos e árvores.
O prédio mais alto, a Torre de Castilla tem 110 metros e 26 andares. Enquanto o prédio menor, a Torre Confalonieri tem 76 metros e 18 andares.
O projeto de densificação vertical do verde recebeu inúmeros prêmios internacionais e pode ser uma grande inspiração para as nossas cidades.
Um fator interessante é que ao longo das quatro estações, a fachada dos prêmios muda de cor, conforme a mudança da folhagem e também o florescimento durante a primavera.
Piazza Gae Aulenti
Inaugurada em 2012, a Piazza Gae Aulenti é o símbolo do que fez Milão ser o que é hoje: uma requalificação bem pensada, arquitetada e estruturada.
Seu nome é uma homenagem ao famoso arquiteto e, hoje, ela é uma das mais premiadas no mundo todo pelo seu conjunto arquitetônico.
A praça fica apoiada em pódio, que a eleva do nível da rua, em cerca de 6 metros de altura.
Quando foi inaugurada, em 2012, todos ficaram boquiabertos ao verem essa nova Milão futurista.
Alguns dos detalhes que fazem com que a praça seja muito famosa, encontram-se esculturas, a proximidade com os bosque vertical e daqui pode-se ver o edifício mais alto da Itália, o Unicredit Tower. Com 231 metros de altura, ele pode ser visto a 10 km de distância.
San Bernardino alle Ossa
San Bernardino alle Ossa é um complexo formado por dois edifícios: a Igreja de San Bernardino e o ossuário no prédio menor adjacente.
Trata-se de um interessante passeio macabro bem no centro de Milão.
O complexo foi construído no séc 12, onde inicialmente existiam um orfanato e um hospital. Na frente desses dois edifícios, sobretudo após a chegada do hospital, foi construído um cemitério.
Alguns séculos mais tarde, provavelmente pela falta de espaço do cemitério, ou, hipótese mais acertada, pelo fechamento de um grande cemitério de Milão, foi necessário que um lugar pudesse acolher as ossadas.
Assim a partir de 1642 foi sendo construído o Ossuário di San Bernardino alle Ossa. À época ele era tão impressionante, que o Rei de Portugal, João V, após visitá-lo, decidiu construir a Capela dos Ossos, em Évora.
Para além dos ossos, o teto do ossuário é decorados com afrescos de uma grande beleza.
Comer os verdadeiros risotto e bife à milanesa
Dois pratos que atravessaram o mundo e, os quais, infelizmente ficaram banais demais fora das fronteiras de Milão, são o risotto alla milanese e a cottoletta alla milanese.
Confesso para vocês que, mesmo morando na Itália, onde preparam muito bem a iguaria, nunca os comi tão genuinamente saborosos como nas tratorias e restaurantes de Milão.
Eu tenho um endereço onde gosto muito de ir, sempre que passo pela cidade: Antica Trattoria della Pesa. Um lugar tradicional, sem muitas firulas, mas com serviço impecável, ambiente aconchegante e pratos deliciosos.
Não é um lugar frequentado por turistas e os preços são medianos (nem caro e nem barato).
Provar uma iguaria super milanesa: o Panettone
Se aqui acima eu falei para vocês do risoto e da cottoletta, aqui vai mais uma dica de iguaria milanesa, que comprado e provado em Milão tem um plus a mais: o Panettone.
El Panetùn de Milan, como dizem os milaneses em dialeto, foi criado em Milão no século 15. Há quem diga, que um rapaz de nome Toni, que era ajudante de cozinha a serviço do duque Ludovico Sforza, após dormir de cansaço e deixar queimar o doce de natal, teve que inventar algo rapidamente.
Assim criou um pão doce, e daí surgiu o termo “pan di toni” (pão do Toni), que depois virou panettone.
Aconselho, ao passar por Milão, comprar um bom panetone artesanal em alguma confeitaria ou alimentari (mercearias).
Para mim um dos grandes segredos de comer um ótimo panetone, é optar por produtos artesanais.
Algo me que supreendeu, é que sendo um produto local, o panettone não é vendido somente no Natal, mas o ano todo. Algumas confeitarias o fazem inclusive salgado ou sem as famosas uvas-passas.
Em Milão há uma marca comercial de ótima qualidade, que nos últimos anos chegou até aqui nos supermercados de Roma: Le Tre Marie. Caso opte por um produto de ampla distribuição, essa pode ser uma boa escolha.
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Respostas de 6
Acho que Milão não conquista o turista à primeira vista, eu pelo menos demorei algum tempo. Mas a cidade é tão maravilhosa.
Ai que delícia rever Milão por aqui! Eu consegui fazer pelo menos uma dúzia dessas dicas do que fazer por lá. Fiquei várias noites, mas eram taaantos passeios de um dia pela região também, que se voltar, sempre tem o que fazer! O que eu mais curti foi ver a Última Ceia ao vivo – emocionante!
Uau, sensacional. Quantas opções incríveis! Milão é realmente incrível! Adorei a seleção com o que fazer na cidade. Que interessante a arquitetura deste estádio. Nunca vi igual. Adorei saber sobre a origem do panetone, mas uma coisa que jamais tinha associado é o Bife à “milanesa”, confesso que pensei comigo: como nunca pensei nisso antes…
Excelente post, adorei!
Que linda a cidade de Milão, acho encantadores esses detalhes da arquitetura. Embora não seja fã de ópera, sou louca para conhecer o Teatro della Scala, pois sou fascinada por casas de espetáculos assim. Não sabia sobre o panetone!
Realmente preciso voltar em Milão! Passei somente 1 dia e não conheci todas essas 20 dicas. Adorei!
Caramba, não sei bem o porquê mas eu sempre pensei que não tivesse muita coisa para fazer em Milão. Estou impressionado com a quantidade de atrações bacanas para incluir no roteiro!
Quando for a Itália já vou considerar passar mais tempo na cidade!
Adorei o bairro Brera. É um bom lugar para se hospedar?
Obrigado!