O Vittoriano é um dos maiores monumentos de Roma hospeda museus gratuitos no seu interior.
O Museo Nazionale dell’Immigrazione Italiana tem como temática os italianos que emigraram para outros países, mas sobretudo a América do Norte e do Sul.
Já o museu chamado Sacrario delle Bandiere (Memorial das Bandeiras ou Santuário das Bandeiras) um museu dedicado forças armadas.
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MEI: Museo Nazionale dell’Emigrazione Italiana
O acervo do museu é muito interessante, além dos objetos objetos expostos possui suportes midiáticos é possível reconstruir a emigração de italianos no mundo todo inclusive por meio de documentários e filmes famosos como Sacco e Vanzetti.
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Muitos brasileiros tiveram ou tem um bisnonno e um nonno italiano, né? A gente pensa que a maioria das pessoas que emigravam da Itália o faziam por extremas condições de pobreza.
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Na verdade muitos italianos que foram para a América do Sul, EUA e Canadá, mas também para outros países europeus mais ricos, como França, Bélgica, Suiça e Alemanha, eram mesmo aqueles que procuravam fortuna ou a possibilidade de uma vida melhor. E muitas vezes encontraram condições de vida péssima!
O percurso do museu também explica que existiam emigrantes ricos, famílias ou grupos de amigos que fizeram uma espécie de consórcio mandando assim alguns parentes mais aventureiros em busca de riqueza.

Muitos emigrantes genoveses, cidade italiana que possui séculos de tradição de navegação (de lá partiu Cristóvão Colombo para a conquista da América) e em cuja região há muitos estaleiros, criaram empresas de navegação na região do Rio da Prata, na fronteira entre Argentina e Uruguai.
Mas também houve muitos italianos que emigraram porque eram persona non grata: anarquistas, comunistas, etc. Lembram do livro Anarquistas, graças a Deus, da Zélia Gattai? Ele conta um pouco esse aspecto dos italianos que fugiram da Itália porque protestatavam por melhores condições de vida e de trabalho.
Muito interessante ver no documentário um pouco dos slangs que nascem da mistura que os emigrantes italianos faziam do dialeto local com a língua do novo país, principalmente aqueles que emigraram para países de língua inglesa.
Outro aspecto a ser considerado é que a Itália nunca deixou de ser um país de emigrantes. Hoje os italianos não emigram mais em massa, ou por causa da fome, mas, muitos jovens ainda buscam sorte e melhores condições de trabalho no exterior.

Um documentário fala que, se no passado o nonno italiano emigrava em busca de fortuna, hoje em dia as novas gerações de pesquisadores, profissionais liberais, médicos, artistas, emigram porque as condições de trabalho na Itália não são tão boas como em países como a Inglaterra, França, Alemanha.
Esse último é um dos países para os quais os jovens italianos mais emigram, mesmo enfrentando a dificuldade inicial do idioma.
Imigração pode ser sinônimo de esperança, mas também de grandes tragédias
A mostra também nos instrui quanto ao fato que nem sempre os emigrantes encontram sorte. Houve navios que afundaram, houve linchamento de italianos pelo simples fato de serem italianos. Nos Estados Unidos muitos italianos só podiam frequentar as escolas segregadas para alunos negros.
Mas uma das maiores tragédias foi aquela que se deu em Marcinelle, na Bélgica, onde cidadãos italianos morreram na explosão de uma mineira de carvão. De 262 operários, 136 eram italianos.
O museu não é grande e é possível ver tudo com calma em uma hora, sem assistir o documentário, que é em italiano.
Museo Sacrario delle Bandiere
O museu chamado Sacrario delle Bandiere (Memorial das Bandeiras ou Santuário das Bandeiras) é dividido em duas partes: uma dedicada àPolizia, Carabinieri, Guardia di Finanza, Exército Italiano, Exércitos Voluntários, Exército Garibaldino, etc. e uma outra parte dedicada à Aeronáutica e à Marinha.
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Para visitar a primeira parte, a entrada é pela Via di San Pietro in Carcere (do lado que dá para a escadaria do Campidoglio); e para visitar a parte dedicada à Aeronáutica e à Marinha, a entrada encontra-se na Via dei Fori Imperiali.

O que há no acervo do museu?
O Túmulo do Militar Desconhecido (Il Milite Ignoto)
O túmulo do Militar Desconhecido representa todos os militares mortos na primeira guerra mundial e cujos corpos não puderam ser reconhecidos.
Em 1921 a mãe de um soldado não identificado foi convidada a escolher um cadáver, para que representasse simbolicamente os jovens mortos na primeira guerra.
Devido à forte emoção, a senhora ajoelhou-se chorando diante de um caixão e aquele, dentre os onze cadáveres ali presentes, foi o escolhido para representar os mortos da guerra.
O corpo foi trazido de trem de Aquileia, cidade que fica na província de Udine, até Roma. E por todas as estações onde passou, a população correu para saudar simbolicamente o militar desconhecido.
Segundo fontes históricas, o número de corpos não identificados na primeira guerra mundial, e que foram enterrados em fossas comuns foi enorme.
No dia 4 de Novembro de 1921, foi feita uma celebração solene. O túmulo foi colocado dentro do Vittoriano e nele, além da inscrição Milite Ignoto, também encontram-se gravados os anos do início e fim da primeira guerra mundial: 1914 e 1918.
O Memorial das Bandeiras e os Uniformes Militares
O acervo do museu tem como pano de fundo também as histórias das guerras nas quais a Itália participou, desde as duas grandes guerras e também as guerras colonialistas, durante a tentativa italiana falida de possuir colônias na África. E nelas há a presença e evolução do Tricolore, como é chamada a bandeira tricolor italiana.
É particularmente interessante ver como o uniforme do exército europeu adaptou-se ao continente africano: uso de escudos de couro, espadas e punhais africanos e mantas feitas com tecidos africanos muito coloridos.

Mas além das bandeiras e uniformes, também encontramos alguns objetos interessantes, como o gramofome com as músicas de propaganda, feitas especialmente para animar os soldados no front de batalha.
A mostra se encerra de maneira “politicamente correta”, exibindo a atuação do exército italiano hoje em dia, em ações de guerra, mas também de paz.
A grande verdade é que as ações de paz acontecem em territórios de guerra, então há muito o que refletir sobre o conceito de paz. Todas as estátuas com os uniformes são em tamanho natural e, em alguns casos, tem até uma placa com o nome do militar que vestiu aquele uniforme.

O museu é gratuito e além do acervo é uma chance para ver o Vittoriano por dentro, com suas estátuas altivas e o belíssimo chão de mármore.
MEI
Piazza dell’Ara Coeli, 4 (dentro do Vittoriano) – Site Institucional: http://www.museonazionaleemigrazione.it/
A entrada é grátis
Aberto de 2af a 5af das 9:30 às 18:30 e de6af a domingo de 9:30 às 19:30
Para saber eventuais mudanças de horários, consulte o site da Prefeitura de Roma: http://www.060608.it/it/cultura-e-svago/beni-culturali/musei/museo-nazionale-emigrazione-italiana-mei.html
Museo Sacrario delle Bandiere
Abre de 3af a domingo das 9:30 às 15h. O museu fecha todas as segundas-feiras, nos feriados nacionais e também no dia 4 de Novembro, que é o dia das Forças Armadas.
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3 respostas
Lu… amei o post. Adoro museus que contam a história da imigração. Não conhecia ele, mas quando estiver em Roma vou reservar um tempo para ele. Bjo e Boa Semana!
Obrigada! O museu é pequeno, mas a mostra é super bem feita. Bjs, Lu
Olá,
Tudo bom?
Você pode corrigir o link para o meu blog, por gentileza?
O correto é: http://www.mileumaviagens.com.br/mauritshuis-meu-museu-de-arte-preferido-em-haia-na-holanda/
Obrigada,
Dalila
do blog Mil e Uma Viagens