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Furadas, Golpes e Furtos em Roma: Saiba Como se Safar

Quando viajamos para a Europa, pensamos sempre na beleza e segurança do continente ao norte do mundo, e não nos damos conta (ou ignoramos) que aqui também há furtos, golpes e más surpresas.

Infelizmente no mundo todo há pessoas espertinhas e desonestas, e em todas as cidades turísticas do mundo, há sempre alguma pessoa desonesta tentando passar a perna na gente.

Por isso apesar da cidade ser segura, e falo isso vivendo aqui por mais de duas décadas, é sempre necessário ficar atento a furadas, golpes e furtos em Roma.

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À diferença do Brasil, em que infelizmente estamos “acostumados” a assaltos e muitos deles à mão armada, na Europa os golpes são bem sutis.

Muitas vezes não nos damos conta da esperteza, pensamos que alguém precisa de ajuda e/ou quer nos ajudar, e quando abrimos a bolsa ou a mochila… cadê a carteira?

Então leia a seguir os golpes contra turistas e as furadas mais comuns em Roma:

Crédito: Shutterstock

A foto com o gladiador ou com o soldado romano

Uma das maiores furadas de Roma é fazer foto com homens fantasiados de soldados romans ou de gladiadores!

O golpe contra o turista funciona da seguinte maneira, principalmente com turistas sozinhos, que não tem companheiros para tirar fotos…

Foto Chiara Rossi/LaPresse 12-04-2012 Roma. Centuriões protestando contra a prefeitura, que queria expulsá-los do Coliseu.

Esses caras fantasiados se aproximam muitooooo simpaticamente do turista. Algumas vezes enfiam-se na nossa foto, mesmo sem serem convidados, mas com um sorriso, gentileza, tentando até arranhar umas palavrinhas na nossa língua local.

Outros se oferecerão para tirar uma foto sua ou do grupo. Tudo na maior simpatia… até o momento que apresentam a “conta” pelo “serviço” prestado.

Quando eu visitei a Itália trocentos mil anos atrás (mais de 15 anos), cai nessa lábia, até porque estava sozinha e não tinha ninguém para tirar fotos ou trocar experiências de viagem. Na época dei uns trocadinhos mesmo, porque eu tinha umas moedinhas no bolso. E obviamente diante do pouco dinheiro, acabou-se a simpatia do Centurião. Mas não houve nenhuma grosseria, nem nada.

Hoje em dia, o “comércio de fotos” está mais acirrado, malandro, virulento, e já escutei casos nos quais os golpistas tentaram intimidar o turista, pedindo até 30 euros… leiam bem: 30 euros por 4-5 fotos, tentando dizer que o turista requisitou um “serviço profissional” e que a “conta” tem que ser paga.

Se você quiser tirar fotos com eles, tudo bem! Mas pergunte antes o preço e o número de fotos que vocês podem fazer.

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Golpe do taxi pirata no aeroporto e estações de trem: não caia nessa!

Outro golpe comum contra os turistas em Roms são os táxis piratas nos aeroportos Fiumicino e Ciampino, e também na Estação Termini.

Geralmente quando tem fila muito grande, ou tarde da noite, quando já não há mais trens ou ônibus que levam do aeroporto ao centro e vice-versa, é a hora em que surgem os táxis-pirata.

Saiba sempre que os táxis registrados possuem os símbolos a seguir: o símbolo do Comune (Município) e o número do táxi. Os táxis regulares são sempre na cor branca.

Algumas vezes também possuem impresso na porta o telefone da central de reservas, assim a gente consegue saber a qual cooperativa pertence o táxi.

Muitos motoristas de táxis pirata usam o mesmo tipo de carro dos táxis normais, inclusive da mesma cor.

Normalmente esses motoristas agem da seguinte maneira: abordam o turista assim que ele se aproxima/ passa pela porta de saída do aeroporto ou da estação de trem.

Os táxis pirata não têm seguro como carro de transporte de passageiros e há muitos casos de turistas que foram vergonhosamente ludibriados e acabaram pagando no mínimo o triplo de uma corrida normal.

Todo cuidado é pouco e não vale a pena estragar as férias logo no comecinho.

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Golpe do abaixo-assinado contra as drogas ou contra as guerras no mundo!

Outro golpe corriqueiro, e esse nem é só contra os turistas não, viu?

Rapazes e moças irão abordá-lo(a) com uma caneta na mão e um lindooooo sorriso no rosto, com muita gentileza, dizendo que estão fazendo um abaixo-assinado contra as drogas, ou contra a fome na África, ou… aproveitando a guerra do momento: Stop Bombing Syria, pela paz entre Israel e Palestina, etc.

Quando esse golpe começou, há pelo menos uns dez anos, era tudo mais amador. Nos abordavam em italiano e arranhavam no inglês. Hoje o negócio virou um business e eles abordam em italiano, inglês, francês, espanhol e, pasmem, até em japonês! Leitores do blog disseram que foram abordados em português!

O turista se aproxima, e assim que pega a caneta e se prepara para assinar, é ***coibido*** a deixar uma oferta para combater a fome, a guerra, a desnutrição e todas as mazelas do mundo.

É tudo falso!

A lei italiana legge di iniziativa popolare decreta que para fazer um abaixo-assinado e propo-lo ao governo ou a alguma instituição, é necessário que o assinante deixe o número de um documento italiano. Ou seja: esses abaixo-assinados de rua são totalmente fajutos! Ademais, os abaixo-assinados sérios não pedem dinheiro.

Veja bem, pessoal: apesar de não precisar ter medo de facadas, tiros, bombardeamento de caixas-eletrônicos aqui no nosso continente, não significa que não haja golpistas altamente profissionais, no estilo do filme Ocean Eleven, mas, sem Brad Pitt e George Clooney.

Desconfie até da sua sombra! Não dou esmola nem pra freira e padre! Já descobriram gangues que se fantasiavam de padres e freiras, para enganar pessoas idosas e roubarem os velhinhos com a desculpa de pedir uma oferta para a igreja, ou de benzer a casa. A coisa é tão séria que a própria polícia já advertiu pessoas idosas para não abrirem a porta de casa para qualquer um.

Um olho no padre e outro na missa!

Bares Italianos: onde você tem que pagar para sentar!

Esses dias andou fazendo muito calor em Roma. As pracinhas do centro estavam cheias de turistas, e todos aqueles barzinhos que colocam mesinha do lado de fora estavam lotados. 

O que muita gente não se dá conta _até que o garçom traga a conta salgada_ é que ao sentar-se na mesinha do bar, o preço pode duplicar, triplicar e até quadruplicar.

Por exemplo: tomar um cafezinho em pé custa 1 euro. Ao sentar-se e ser servido por um garçom, o preço do cafezinho pode subir para até 5 euros! Peça sempre o menu com o preço, ou pergunte!

Crédito: Shutterstock

Nos bares dos bairros não turísticos, muitas vezes o cliente pode usar a mesinha do bar, servindo a si mesmo. Mas existem (muitos) bares, em áreas turísticas ou não, que só permitem o uso das mesinhas se for acompanhado do serviço.

Caso você decida sentar mesmo assim à mesa de um bar, se a discrepância entre o preço sem serviço e o preço com serviço for muito grande, avalie se vale a pena deixar ou não a gorjeta. Na Itália não existe gorjeta “fixa” como nos EUA. Geralmente eu não deixo!

Um olho no padre, outro na missa!

P.S.: Quatro turistas ingleses sentaram num barzinho e pagaram 64 euros por 4 sorvetes de casquinha, em um bar na Via delle Vite (Piazza di Spagna). O assunto saiu nos jornais e virou até caso de policia! Leia a notícia aqui.

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Golpes e furtos nas estações de  trem

Outro lugar onde os turistas devem estar atentos para evitar furtos em Roma ou golpes desagradáveis são as grandes estações de trem, sobretudo a Estação Central Roma Termini.

A ajuda para usar as máquinas automáticas

Algumas pessoas se oferecem para ajudar a comprar bilhetes nas máquinas. Muitas exigirão dinheiro ao final da “ajuda”. Geralmente exigem 2 euros. Seja firme e diga não. Existe policiamento na estação, se alguém lhe incomodar, dirija-se a um policial.

Se tiver dificuldade nas máquinas, utilize a bilheteria onde há funcionários da companhia de trens.

Existe um guichê servido por funcionário exclusivamente para quem vai pegar o trem Leonardo Expresso trem rápido que vai para o aeroporto. Esse guichê bem pequeno está na plataforma 24, a mesma onde fica o embarque desse trem.

Ademais, os bilhetes dos trens para o aeroporto, ou trens que circulam dentro da região (por ex.: se você for a Castel Gandolfo) podem ser comprados nas tabacarias e bancas de jornais.

Muito cuidado com malas e objetos pessoais.  Se precisar abrir sua bolsa e não se sentir seguro, caso se sinta observado, minha dica é: entre em alguma loja. Claro, fique sempre atento, mas dentro das lojas existe maior controle.

Entrada lateral da Estação Termini que dá para a Via Marsala

Tenha já seus mapas imprimidos, sempre que possível saiba a direção do seu hotel. Sempre que precisar de ajuda, se possível, entre em alguma atividade comercial.

Tenha cuidado com pessoas muito solícitas. Muitas vezes o golpista está justamente observando pessoas “atrapalhadas”, mulheres sozinhas que estão puxando malas pesadas e que provavelmente aceitarão ajuda. Ou casais com malas e carrinhos de bebê.

A intenção dessas pessoas não é cometer uma violência contra você, mas aproveitar uma chance para furtar seus pertences, ou trocar sua mala (por exemplo, se você estiver com uma mala preta e sem algum tipo de identificação) rapidamente sem que você perceba.

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Golpe da jaqueta de couro Armani ou outra marca de grife de luxo

Um dos golpes mais comuns em Roma, mas que também já chegou em outras capitais europeias, é o golpe da jaqueta de couro ou algum outro item de marca.

Geralmente esse golpe acontece perto de atrações turísticas.

O golpista vai se aproximar, sempre vestido muito elegante, de terno e gravata, e vai pedir algum tipo de informação ou ajuda. Vai dizer que não conhece a cidade e se você pode ajudá-lo a se localizar.

Claro que provavelmente você vai dizer que também é turista e que não conhece a cidade. Ele vai perguntar de onde você é, e às vezes arriscará umas palavras em português. Se perceber que são brasileiros vai perguntar a cidade, e vai dizer que seus parentes italianos imigraram para o Brasil.

Vai rolar aquela simpatia e aí, ele vai abrir o carro estacionado e vai dizer que quer te dar um presente pela sua simpatia e ajuda. Dirá que é executivo da marca famosa (Armani, Gucci ou o que for) e que está com duas de couro na mala e que gostaria de dar de presente para você.

Ou dirá que perdeu o emprego na marca de luxo e que tem duas jaquetas novinhas para vender e que aceita uma oferta do que você puder dar, mas que uma oferta boa seria 50 euros porque aquela jaqueta vale 250 euros na loja.

Quem cai no golpe, vai comprar uma jaqueta de camelô, que não vale nem 10 euros, quanto mais 250.

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Furtos por parte de quadrilhas de menores de idade

Algumas premissas:

Esse parágrafo não tem nenhuma conotação xenófoba. Pensei muito antes de fazer certos comentários ou afirmações, mas, por fim, decidi fazê-los porque simplesmente são a verdade nua e crua.

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Crédito: jornal La Repubblica

As fotos mostram duas adolescentes rom furtando um turista. Foram fotografadas por um segundo turista que chamou a polícia, mostrou as fotos e as identificou.

Como são menores de idade, foram presas, levadas ao juizado de menores e soltas no mesmo dia. Assim, voltam ao mesmo lugar (ou áreas próximas) para assaltarem outros turistas.

Raramente vou ao consulado brasileiro, mas todas as vezes que passo por lá, sempre encontro turistas brasileiros que são furtados pela Itália afora.

Têm suas bolsas abertas e nem se dão conta! Outros abaixam a guarda e ficam sem nada. Perdem carteira com cartão de crédito, dinheiro, documentos brasileiros. Já imaginaram o problemão?

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Momento em que uma das meninas enfia a mão na bolsa do turista distraidão! Crédito: jornal La Repubblica

Para nós que vivemos em grandes cidades brasileiras, as modalidades de furto italianas são bem “inocentes”. Na maioria das vezes a gente nem sente que foi roubado! Mas o prejuízo é enorme.

Portanto, atenção redobrada. Não dê papo para estranhos. Se estiver usando um relógio caro e alguém perguntar as horas (às vezes o ladrão quer que a gente levante a manga da camisa ou a jaqueta para ter certeza que o modelo do relógio é caro, e tentar um assalto) fique atento!

Normalmente essas pessoas nunca estão sozinhas, mas em quadrilhas. Agem sempre em grupinhos de 2 ou 3. Às vezes uma rouba, passa a mercadoria roubada para outra, que se afasta rapidamente do local. Assim se a gente desconfiar de alguma coisa, e chegar às vias de fato, não vai mais encontrar o objeto roubado em poder do meliante.

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Crédito: jornal La Repubblica

Um olho no padre e outro na missa!

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Outros golpes comuns contra turistas…

Os vendedores de rosas: alguns rapazes, geralmente indianos, quando veem casais, tentam colocar uma rosa na mão do homem para que a presenteie à mulher, dizendo que a flor é de graça.

Depois insistem demais para que você dê uma oferta. Eu digo simplesmente que se ele não pegar a rosa de volta, eu jogo no chão.

Crédito: Shutterstock

Sapato desamarrado ou objeto caído no chão: alguns homens africanos ou indianos, apontam para o chão.

Você pensa que perdeu alguma coisa ou que o sapato está desamarrado. É tudo desculpa para atrair a sua atenção, aí eles começam a bater papo e dizer: tenho um amigo de Belo Horizonte, você é brasileiro, né?

O próximo passo será tentar te empurrar pulseirinhas, chaveirinhos ou pedir dinheiro.

Turista perdido: já vi italianos e estrangeiros aplicando esse golpe. Uma pessoa abre um mapa bem grande na sua frente e pede ajuda para chegar a um ponto turístico, diz que está perdida e que não se sente bem.

Outra vem por trás e abre a sua bolsa, ou tira a carteira do bolso. Fiquem atentos. Muito mesmo! Nunca entrem no metrô e deixem os celulares e carteiras no bolso da calça.

Bolsa nas costas da cadeira: nunca, mas nunca mesmo, coloque sua bolsa pendurada nas costas da cadeira. Nem mesmo em bar dentro de hotel.

Não confie nem mesmo dentro de um hotel cinco estrelas ou restaurante estrelado. Há muitos bandidos (homens e mulheres) de terno e gravata/tailleur, especializados em furtos em hotéis e restaurantes.

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